Preços estão mais animadores e produtores paranaenses podem ter bons ganhos nesta safra

06/03/2025
Com o andamento da safra de verão 2024-2025, o cenário de preços começa a se desenhar. Os produtores de grãos podem ter ganhos em decorrência da valorização das commodities. Os que se dedicam às proteínas animais também vislumbram um bom cenário, ainda que o custo de produção possa ter aumento. Essas movimentações são analisadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária desta semana. O documento é preparado pelos analistas do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. No caso da soja, fevereiro fechou em R$ 119,44 a saca de 60 quilos para o mercado interno. O valor é 15% superior ao mesmo mês do ano passado. Para o milho, o cenário é ainda mais favorável. A saca foi cotada a R$ 63,51 no último mês no mercado doméstico. O valor ultrapassa em 31% fevereiro do ano passado. O preço médio pago ao produtor pelo suíno vivo em 2024 foi de R$ 6,47, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a R$ 0,21 a mais por quilo. Em dezembro o preço alcançou R$ 7,28, o maior valor nominal desde o início da série histórica, em 1995. No entanto, em janeiro o preço pago ao produtor registrou queda de 5% em relação a dezembro. Além disso, o custo de produção teve acréscimo de 2,8%. Já no mês passado o suinocultor recebeu em média R$ 6,98 por quilo, um aumento de R$ 0,22 sobre janeiro. Para o consumidor também houve aumento expressivo no preço das proteínas animais. As carnes mais consumidas, de acordo com levantamento do Deral, tiveram altas entre 10% e 30%, acompanhando o leite e os ovos, que também subiram o preço. O agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, destacou que para os consumidores, a principal promessa de redução nos preços vem do feijão e algumas olerícolas.  // SONORA CARLOS HUGO GODINHO //

O quilo do feijão-carioca baixou 7% entre janeiro e fevereiro, passando em média para R$ 6,73, acumulando redução de 18% em relação a fevereiro de 2024. O feijão-preto, principal variedade produzida no Paraná, apresentou queda mais expressiva, de 26% em menos de 12 meses. O boletim completo pode ser acessado em agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Gustavo Vaz)