Preço de terras agrícolas subiu mais de 50% no Paraná

07/05/2021
O preço das terras aptas para atividades agropecuárias teve elevação superior a 50% no período de um ano no Paraná. O resultado é influenciado, sobretudo, pela valorização da produção gerada. A análise publicada pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura é tema do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 01 a 07 de maio. As terras da Classe A-III, que, pelo Sistema de Classificação de Solos da Embrapa, são aquelas aptas ao cultivo de grãos, apresentaram valor médio de 58 mil e 900 reais o hectare este ano. Isso representa aumento de 52% em relação a março de 2020. No caso das terras B-VI, que são aquelas ocupadas mais por pastagens e silvicultura, o incremento de valor chegou a 52%. Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, este movimento vai de encontro com as expectativas dos analistas.// SONORA CARLOS HUGO GODINHO.//

O boletim também registra que a colheita da segunda safra de feijão atingiu em torno de 6% da área total. No entanto, as condições boas do que permanece em campo têm diminuído devido à estiagem. Cerca de 33% estão nessa categoria, enquanto 42% estão em condições médias e 25%, ruins. Para a mandioca, a expectativa é que ocorram chuvas este mês para avançar na colheita, equilibrando a oferta para as indústrias de fécula e farinha, com consequente redução no preço final. A previsão é que haja redução de 4% na produção, ficando em três milhões e 300 mil toneladas. O documento trata, ainda, da produção de pitaia, conhecida como fruta-do-dragão. Os primeiros registros dessa fruta no Brasil datam dos anos 2000, com comercialização no atacado em 2005. No ano passado, as Ceasas paranaenses venderam 146 toneladas de pitaia, provenientes, pela ordem, de Santa Catarina, São Paulo e Paraná. O boletim faz também uma análise sobre a cotação da soja e do milho no mercado. Em relação à primeira cultura, registra-se que, mesmo com produção menor, em consequência de fatores climáticos, os valores são compensatórios para os produtores. O milho também terá perdas consideráveis pelas condições climáticas desfavoráveis. Também há detalhes, neste boletim, sobre a ovinocultura, pecuária de corte e avicultura, bem como sobre a safra de tomate. O documento pode ser conferido na íntegra em agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)