Preço de carne ovina não acompanha alta de outras espécies no primeiro semestre
15/07/2021
Os preços de carne ovina no mercado varejista paranaense não acompanharam a tendência de alta de outras espécies, e alguns cortes tiveram até redução no primeiro semestre deste ano. Essa análise é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 9 a 15 de julho. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. As carnes bovinas apresentaram acréscimo no preço praticado no mercado varejista paranaense durante o primeiro semestre. Levantamento feito pelo Deral mostra que, entre janeiro e junho, o peito registrou o maior percentual, com alta de 21,6%, seguido da paleta, com 16,2%. Entre os menores reajustes estão a alcatra, que aumentou 7,6%, e o acém, com 8,6%. Para os cortes ovinos essa tendência foi inversa. No mesmo período avaliado, a costela teve redução de 2,2% no preço, o pernil apresentou queda de 0,9% e a paleta, aumento de apenas 0,1%. As reduções foram registradas ainda que os custos de produção tenham apresentado acréscimo. Um exemplo é o preço da saca de milho de 60 quilos, que teve elevação em 8,7%. O médico veterinário Fábio Mezzadri, analista de pecuária do Deral, explicou que as cotações dos animais vivos para reprodução também não acompanharam a tendência de outras espécies.// SONORA FÁBIO MEZZADRI.//
Há algumas razões que podem explicar a defasagem de cotações entre os preços dos ovinos e de outros animais. Uma delas é o comércio informal, com as compras realizadas diretamente nas propriedades. Também contribui para isso a importação de grandes volumes, especialmente do Uruguai, o que ocasiona concorrência desleal com o produto interno e de qualidade superior. Mas, de acordo com a análise do Deral, também há pouca organização entre os elos da cadeia de produção ovina nacional, acompanhada da falta de valorização do animal para o produtor. Ainda pode ser colocado como um entrave para melhoria dos preços o emprego reduzido de tecnologias de produção e gestão nas propriedades. O boletim registra, ainda, o plantio da terceira safra de feijão no Paraná, que atingiu cerca de 60% de semeadura da área prevista de 1.615 hectares. A produção está estimada em 1.985 toneladas. Também há referência à exportação brasileira de goiaba, 18ª fruta na pauta comercial brasileira em 2020. Foram enviadas 238 toneladas para o Exterior. O documento diz que as exportações de carne de peixe, por parte do Paraná, ainda que os volumes tenham sido pequenos neste primeiro semestre, representaram alta de 201% em relação ao mesmo período de 2020. De 249 toneladas elevou-se para 751 toneladas. Em relação à avicultura, o boletim registra que foram exportadas 397 mil e 400 toneladas de carne de frango em junho, volume 16,2% superior ao mesmo mês do ano passado. O Paraná, principal produtor e exportador nacional, embarcou 143 mil e 200 toneladas. Também constam no boletim desta semana análises sobre a colheita da segunda safra da batata, cultura da mandioca, e projeções variadas em relação às culturas de soja e trigo. O documento pode ser conferido em agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)
Há algumas razões que podem explicar a defasagem de cotações entre os preços dos ovinos e de outros animais. Uma delas é o comércio informal, com as compras realizadas diretamente nas propriedades. Também contribui para isso a importação de grandes volumes, especialmente do Uruguai, o que ocasiona concorrência desleal com o produto interno e de qualidade superior. Mas, de acordo com a análise do Deral, também há pouca organização entre os elos da cadeia de produção ovina nacional, acompanhada da falta de valorização do animal para o produtor. Ainda pode ser colocado como um entrave para melhoria dos preços o emprego reduzido de tecnologias de produção e gestão nas propriedades. O boletim registra, ainda, o plantio da terceira safra de feijão no Paraná, que atingiu cerca de 60% de semeadura da área prevista de 1.615 hectares. A produção está estimada em 1.985 toneladas. Também há referência à exportação brasileira de goiaba, 18ª fruta na pauta comercial brasileira em 2020. Foram enviadas 238 toneladas para o Exterior. O documento diz que as exportações de carne de peixe, por parte do Paraná, ainda que os volumes tenham sido pequenos neste primeiro semestre, representaram alta de 201% em relação ao mesmo período de 2020. De 249 toneladas elevou-se para 751 toneladas. Em relação à avicultura, o boletim registra que foram exportadas 397 mil e 400 toneladas de carne de frango em junho, volume 16,2% superior ao mesmo mês do ano passado. O Paraná, principal produtor e exportador nacional, embarcou 143 mil e 200 toneladas. Também constam no boletim desta semana análises sobre a colheita da segunda safra da batata, cultura da mandioca, e projeções variadas em relação às culturas de soja e trigo. O documento pode ser conferido em agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)