Pós-pandemia requer apoio a pequenas empresas e ajuste fiscal
24/07/2020
A crise sanitária e econômica gerada pela pandemia do Covid-19 traz à tona a necessidade de novas medidas de curto prazo e de avanços em políticas públicas eficientes - o que só será possível com equilíbrio fiscal e reformas sólidas. Esta foi a conclusão do debate entre secretários da Fazenda de cinco estados que participaram, nesta sexta-feira, de seminário online realizado pela Secretaria da Fazenda do Paraná. Em se tratando de medidas emergenciais, o programa de transferência de renda do governo federal foi uma ação muito positiva, na visão dos secretários, assim como o auxílio a estados e municípios. Mas, por outro lado, os pacotes de empréstimos a pequenas médias empresas não decolaram, o que coloca em risco a própria sobrevivência dos estabelecimentos, aumentando o desemprego e dificultando a retomada da economia. A secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, afirma que é preciso olhar para o pequeno e médio empresário. // SONORA CRISTIANE SCHMIDT //
Já no médio prazo, o secretário da Fazenda do Paraná, Renê Garcia, afirmou que o pós-pandemia certamente resultará em aumento nos gastos governamentais, especialmente na área de saúde. // SONORA RENÊ GARCIA //
Para o secretário pernambucano Décio Cruz, todo o esforço fiscal feito pelos estados foi embora com a pandemia, e agora é preciso aprovar a PEC do Ajuste Fiscal imediatamente, em paralelo às reformas administrativa e tributária, e dando ouvidos às propostas feitas pelos estados. Marco Aurélio Cardoso, secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, reforçou que apesar das propostas de reformas terem um componente técnico muito forte em sua elaboração, elas dependem de um aspecto político para sair do papel. // SONORA MARCO AURÉLIO CARDOSO //
Já o secretário mineiro, Luiz Cláudio Fernandes Lourenço Gomes, considera que o país tem grandes desafios pela frente, e caminha para um momento crítico de debates e ações. // SONORA LUIZ GOMES //
No encerramento, René Garcia Junior afirmou que nenhum estado quer ter a União com uma relação de total de dependência, mas crescer e ter vida própria. (Repórter: Rodrigo Arend)