Portos do Paraná registram aumento em carga geral e granéis líquidos

10/02/2020
Os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 3 milhões 440 mil toneladas de carga nos primeiros 31 dias do ano. Janeiro foi um mês de alta nos volumes de carga geral e granéis líquidos, tanto importação quanto exportação. Os terminais paranaenses apostam na multimodalidade e tiveram destaque no embarque de açúcar em saca, contêineres, óleo vegetal e derivados de petróleo. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, pela empresa pública Portos do Paraná, mais de 55% da movimentação, cerca de um milhão e 900 mil toneladas ainda é de granéis sólidos. No entanto, os maiores crescimentos são em embarques e desembarques de granéis líquidos, com 25% na comparação com o mesmo mês do ano anterior; e de carga geral, com aumento de 19% no período. Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, disse que essa multimodalidade foi essencial para alcançar a marca histórica de 53 milhões e 200 mil toneladas movimentadas em 2019. No primeiro mês de 2020, os portos paranaenses movimentaram 610 mil 370 toneladas de granéis líquidos. No mesmo mês do ano anterior foram 487 mil 835 toneladas. Dentro desse segmento, os produtos que registram maior aumento são os derivados de petróleo, que tiveram volume exportado 491% superior ao registrado em janeiro do ano passado. Na importação, alta de 35%, passando de 275 mil 884 toneladas em janeiro de 2019 para 371 mil 518 toneladas em 2020. Os operadores desses produtos, pelo Porto de Paranaguá, são a CPA, CBL, Transpetro e Cattalini. Só a Cattalini é responsável por 43% das movimentações. Segundo o gerente da Cattalini, Lucas Cézar Guzen, quando se fala em derivados de petróleo trata-se, principalmente, de Diesel e gasolina, especialmente de importação.// SONORA LUCAS CÉZAR GUZEN.//
A movimentação dos óleos vegetais, principalmente de soja, foi de 27.548 toneladas no mês de janeiro. O volume é 6% maior que o registrado nos primeiros 31 dias de 2019. Esses produtos são exportados, principalmente para a Ásia. Os principais consumidores do óleo vegetal exportado pelo Porto de Paranaguá são China e Índia, de acordo com o gerente da Cattalini. Segundo ele, a expectativa para o ano, porém, é de redução na exportação dos óleos vegetais, motivada pelo aumento da mistura do biodiesel no óleo diesel, previsto em decreto nacional. Essa redução prevista, no entanto, não incomoda o operador. Isso porque a redução nas exportações do óleo de soja vem ao encontro ao aumento previsto nas importações do óleo metílico, o metanol, que é um dos principais produtos utilizados na fabricação do biodiesel. Lucas Guzen estima um aumento de cerca de 10% na movimentação do metanol. Considerando todos os líquidos que movimenta, a meta da empresa é alcançar 4 milhões e 400 mil toneladas em 2020, volume quase 15,8% maior que o movimentado em 2019. Motivados, principalmente, pelo aumento dos derivados de petróleo. Em relação à carga geral, em janeiro, os portos paranaenses movimentaram 917.855 toneladas de carga geral. O volume é 19% maior que o registrado no primeiro mês de 2019. Destaque para as exportações de açúcar em saca e na movimentação de contêineres, nos dois sentidos. Nos primeiros dias do ano passado não houve nenhum embarque de açúcar ensacado. Este ano, porém, 25.077 toneladas foram exportadas para a África, gerando aumento de 17% para o segmento do açúcar em geral, mesmo o produto a granel tendo registrado queda de 10%. A operação foi realizada pela Marcon, no Porto de Paranaguá. África e Ásia são os principais destinos do produto que vem, principalmente, dos estados de São Paulo e do Paraná. (Repórter: Amanda Laynes)