Portos do Paraná dragam quatro áreas de forma simultânea

05/10/2020
Os portos do Paraná começaram o mês de outubro com o maior número de equipamentos de dragagem operando de forma simultânea no Brasil. São sete unidades em atividade, ao mesmo tempo: quatro dragas, dois batelões e um nivelador. O conjunto de frota é inédito no País e agiliza as obras de manutenção da profundidade nos portos de Paranaguá e Antonina.
Com investimento público de 403 milhões de reais, em recursos próprios da empresa pública paranaense Portos do Paraná, a dragagem retira sedimentos que se acumulam no fundo do mar e é fundamental para a segurança da navegação. O contrato iniciou em 2019 e é válido até 2023.
O diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia destaca que é raro um porto contar com a disponibilidade de tantos equipamentos ao mesmo tempo. Mas este trabalho está sendo feito com todo o cuidado com o meio ambiente, tendo a aprovação dos órgãos competentes e diálogo com a população.
Segundo ele, a dragagem simultânea permite que os serviços sejam finalizados em um menor tempo, o que diminuí os impactos nas operações. //SONORA LUIZ FERNANDO GARCIA//
A maior draga hopper em operação no Brasil chegou ao Paraná no final de setembro. Com 152,9 metros de comprimento, a Gerardus Mercartor tem capacidade de cisterna de 18 mil metros cúbicos. De origem belga, a embarcação vai atuar na área externa do canal de acesso ao Porto de Paranaguá, conhecida como Alfa.
A draga chinesa está finalizando a dragagem no canal de acesso ao Porto de Antonina, denominada área Delta. A capacidade de cisterna é de 5 mil m³.
Desde 2019 já foram dragados 5 milhões e 400 mil metros cúbicos de sedimentos nos portos paranaenses.
Todo o projeto é desenvolvido com total respeito ao meio ambiente. Durante as campanhas de dragagens de manutenção, conforme determina o Plano de Controle Ambiental, aprovado pelo Ibama, são executados programas de comunicação, educação e monitoramentos ambientais.
Para esta campanha, a Portos do Paraná desenvolve: programa de comunicação social; programa de educação ambiental, programa de monitoramento da qualidade das águas; programa de monitoramento da qualidade dos sedimentos; e programa de monitoramento do volume dragado.
A área de despejo dos sedimentos dragados fica localizada a mais de 20 quilômetros da Ilha da Galheta e da Ilha do Mel. A área de descarte, regulamentada pelo Ibama, foi definida após estudos de correntes e outros aspectos climáticos, como a mais indicada para a dispersão do material dragado sem prejuízos ambientais.(Repórter: Flávio Rehme)