Porto de Paranaguá tem ganho operacional de 25% com nova profundidade do calado

03/07/2019
O Porto de Paranaguá está pronto para receber navios de contêiner com maior capacidade de carga, graças à aprovação da nova profundidade em que as embarcações ficam submersas na água, no novo berço 218. O calado, como é chamado em termos náuticos, passou de nove metros e meio para 12 metros e meio. Com isso, o porto paranaense terá um ganho operacional de 25%, flexibilizando o uso dos quatro berços exclusivos para carga conteinerizada e sob rodas. A aprovação do calado foi feita pelas Autoridades Marítima e Portuária. O novo berço contou ainda com a Autorização de Operação pelo Ibama. Outro avanço é a equalização das condições de navegação durante o dia e a noite, o que reduz o tempo de atracação e faz com que os usuários ganhem agilidade nas operações. Segundo o presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, as mudanças atendem às expectativas do mercado e devem movimentar a economia no Estado. O diretor de Operações, Luiz Teixeira da Silva Júnior ressaltou que o Porto de Paranaguá tende a se tornar uma referência cada vez maior.// SONORA LUIZ TEIXEIRA.//

Todo o processo considerou as condições de segurança da navegação. A equalização está condicionada à eficiência dos sinais náuticos das boias de balizamento na área de manobras, à visibilidade mínima e à manutenção das restrições operacionais referentes aos canais internos e berços a serem operados. O membro da Diretoria da Praticagem de Paranaguá, Renato Alves, considera que a nova profundidade vai dar mais qualidade no tráfego das embarcações.// SONORA RENATO ALVES.//

O berço 218 é administrado pelo TCP, Terminal de Contêineres de Paranaguá, e faz parte de um projeto considerado o maior investimento do setor portuário do Brasil na atualidade. A empresa investe cerca de 550 milhões de reais nas obras de ampliação da capacidade de movimentação, que deve passar dos atuais um milhão e 500 mil contêineres/ano para dois milhões e 500 mil unidades anuais. Esta liberação foi possível graças ao alinhamento entre as autoridades e operadores portuários, ao trabalho de planejamento estratégico e alinhamento entre todos os atores envolvidos. (Repórter: Wyllian Soppa)