Porto de Paranaguá se prepara para atender demanda crescente do mercado de líquidos

11/01/2023
Em 2022, o Porto de Paranaguá recebeu 627 navios de líquidos, 84 a mais que em 2021. O aumento na atracação das embarcações que atendem o segmento foi de 15%. O crescimento na movimentação deste tipo de carga nos portos do Paraná foi a mais significativa e por isso há um planejamento para atender essa demanda progressiva.

Nos 12 meses do ano passado foram 8.719.731 toneladas de granéis líquidos carregados e descarregados pelo Porto de Paranaguá. O volume é 10% maior que o alcançado em 2021, com 7.948.839 toneladas.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destaca que, apesar do segmento representar apenas 15% da movimentação geral dos portos do Paraná, o crescimento entre as cargas líquidas foi o mais expressivo.

Como destaca o executivo, uma área com cerca de 85 mil metros quadrados, voltada para os granéis líquidos no Porto de Paranaguá, vai a leilão na B3, a bolsa de valores do Brasil, no próximo dia 24 de fevereiro.

De 2019 a 2022, o aumento registrado no volume de líquidos movimentados pelo Porto de Paranaguá é de 26%. Em 2019, foram 2 milhões e 600 mil toneladas desses granéis. Em 2020, 7 milhões e 600 mil.

No Porto de Paranaguá são quatro berços dedicados aos navios de líquidos – dois no píer público e outros dois no terminal de uso privativo da empresa Cattalini. Pelo píer público, em 2022, houve 288 atracações, 11% a mais que as 260 registradas em 2021. Na Cattalini, 339 atracações, 20% superior que em 2021, com 283.

Entre os granéis líquidos, as importações se destacam pelo volume. No ano passado, a chegada de líquidos pelo Porto de Paranaguá somou cerca de 5 milhões e 100 mil toneladas.



Entre as exportações, o que chama a atenção é o percentual de aumento. Em 2022, cerca de 2 milhões de toneladas de líquidos foram exportadas pelo porto paranaense. Em relação às um e milhão e 500 mil toneladas de 2021, a alta atingiu 31%.

Os principais líquidos movimentados por Paranaguá são o óleo diesel na importação – 2 milhões e 600 mil toneladas, o que representa quase 46% do total de líquidos importados pelo Brasil – e o óleo de soja na exportação, quase 1 milhão e 500 mil toneladas, 65% do total de líquidos exportados pelo País.

De óleo diesel importado, o volume em 2022 é praticamente o mesmo que o registrado no ano anterior. Já o óleo de soja apresentou alta de 27% em relação a 2021, com 1 milhão e 100 mil toneladas exportadas do produto.

Confira os gráficos detalhados por produtos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Alexandre Nassa)