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Os caminhoneiros e trabalhadores portuários que atuam no Porto de Paranaguá são orientados por equipes médicas, que medem a temperatura, avaliam os sintomas compatíveis com a Covid-19 e encaminham os casos necessários. Estruturas de atendimento foram montadas no Pátio de Triagem de Caminhões e no acesso ao cais Dom Pedro II. As equipes, contratadas pela Portos do Paraná, atendem 24 horas, em turnos, e incluem 14 de técnicos de enfermagem, três de auxiliares administrativos e dois de limpeza hospitalar. A estrutura conta, ainda, com dois postos médicos e dois postos de enfermagem. A empresa pública também está comprando 20 mil litros de álcool em gel; 144 litros de sabonetes usados em ambientes hospitalares; 5 mil pares de luvas; 10 mil unidades extras de máscaras cirúrgicas; 21 tendas e cabines elevadas; 200 metros lineares de grade de isolamento, 32 chuveiros, 60 pias e lava-pés com hipoclorito de sódio. O presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, explica que as medidas são para proteger os que não podem parar porque prestam um serviço essencial para a sociedade brasileira.// SONORA LUIZ FERNANDO GARCIA//Ao chegar no Pátio de Triagem, os motoristas têm a temperatura corporal verificada. Os casos acima de 37,8 graus são encaminhados para tendas de atendimento, onde eles respondem a perguntas sobre sintomas e condições de saúde. Os que forem considerados assintomáticos ou com sintomas leves, têm prioridade na descarga e recebem orientações para retornar aos lares. Os que precisarem de atendimento hospitalar são encaminhados ao Hospital Regional do Litoral e uma área de isolamento foi preparada para a higienização dos caminhões, nessas situações. Além disso, o Pátio recebeu novos chuveiros e uma estação de higienização de mãos. As áreas de convivência, como mesas e bancos, foram retiradas e as cantinas vendem produtos somente pelas janelas. Avisos sonoros e materiais de comunicação foram disponibilizados e conteúdos sobre formas de prevenção são enviados pelo sistema Carga Online, via mensagem de texto. O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana, explica que o objetivo é garantir o atendimento primário à saúde, sem sobrecarregar o sistema de saúde do Litoral.// SONORA JOÃO PAULO RIBEIRO//O caminhoneiro Paulo Cesar de Oliveira Pereira, saiu de Birigui, em São Paulo, e passou pelo pátio nesta quinta-feira. Ele conta que foi o primeiro porto do Brasil a adotar essas normas.// SONORA PAULO CESAR DE OLIVEIRA PEREIRA//Morador de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Emerson de Paula dos Santos mediu a temperatura em menos de 10 segundos e disse não ter encontrado esse cuidado em outros portos.// SONORA EMERSON DE PAULA DOS SANTOS//No cais comercial do Porto de Paranaguá, trabalhadores portuários também têm a temperatura aferida. O fluxo de entrada e saída de pedestres tem uma nova organização e separadores para evitar a proximidade entre as pessoas. Os torniquetes e catracas são limpos com ainda mais frequência e pias móveis foram instaladas na entrada e saída do prédio de credenciamento. Quem vai para a casa também deve passar por uma área de desinfecção dos calçados. O médico que coordena a ação, Michel Cadenas, reforçou que a apuração de trabalhadores em estado febril ajuda na identificação de casos.// SONORA MICHEL CADENAS//Além do pátio de triagem, o silo público, o pátio da Vila da Madeira e do Taguaré receberam lavatórios. E Antonina também tem estações de higienização disponíveis. (Repórter: Priscila Paganotto)