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Em 2027, o número de pessoas com mais de 60 anos vai superar o de jovens com menos de 15 anos no Paraná. Essa previsão vem do IBGE, com dados do Censo 2022 analisados pelo Ipardes. O Índice de Envelhecimento, que mede a proporção de idosos em relação aos jovens, vai alcançar 100,1 no Paraná, acima do valor atual de 87,6. No Brasil, essa mudança ocorrerá em 2029. Essa tendência deve se intensificar nos próximos anos. Em 2046, o índice será superior a 200, significando que haverá o dobro de idosos em relação aos jovens. Em 2069, a relação será de três idosos para cada jovem. Além disso, a expectativa de vida no Paraná, que era de 72,2 anos em 2000, subiu para 76,8 anos em 2024 e deve chegar a 83,9 anos para os nascidos em 2070. Isso reflete a melhoria nas condições de vida e na saúde. O Paraná também tem a terceira menor taxa de mortalidade infantil do Brasil e deve superar 12 milhões de habitantes até 2027. O aumento da população idosa no Paraná está exigindo mais atenção do poder público. Desde 2019, o Governo do Estado tem intensificado programas voltados a essa faixa etária, em colaboração com os municípios. Dentre as iniciativas, destaca-se o programa Viver Mais Paraná, que está construindo condomínios exclusivos para idosos com serviços de saúde e assistência social. Até 2026, serão 35 condomínios com mil e 400 casas e um investimento de 244 milhões de reais. Outra ação relevante é a Cidade do Idoso, em Irati, que oferece uma gama de serviços gratuitos para idosos, incluindo atividades físicas, culturais, atendimento médico especializado, e aulas de informática, letramento, dança e música, além de uma cozinha comunitária. Desde 2023, a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa tem coordenado esses programas, articulando com municípios para criar uma rede de proteção para a população idosa. A pasta também apoia os Conselhos Municipais da Pessoa Idosa nas 399 cidades do estado e facilita repasses financeiros para os fundos municipais relacionados ao tema. Com a ajuda da Semipi, 35 municípios paranaenses já foram certificados como Cidades Amigas da Pessoa Idosa. Trata-se de um reconhecimento concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde a cidades que adaptaram seus serviços e estruturas físicas para serem mais inclusivas e receptivas aos mais velhos. A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Cidadania, Leandre Dal Ponte, ressalta que a maior concentração de cidades com essa classificação está no Paraná. // SONORA LEANDRE DAL PONTE //

Atualmente, 75% das cidades brasileiras certificadas pelas organizações internacionais são do Paraná. (Repórter: Gabriel Ramos)