Polícia Militar do Paraná oferece atendimento com técnica de equoterapia em Curitiba

08/11/2019
A Polícia Militar do Paraná atende, por mês, cerca de 600 pessoas com deficiência, síndrome ou dependência química para a prática da equoterapia, em Curitiba. A atividade, realizada no Regimento da Polícia Montada Coronel Dulcídio, no bairro Tarumã, colabora para o desenvolvimento de movimentos e para a ressocialização dos praticantes. O atendimento já beneficiou cerca de 5 mil pessoas desde 1991, quando as atividades iniciaram. Em média, o tratamento tem duração de dois anos. Além da comunidade, a equoterapia é oferecida a policias militares e bombeiros afastados do serviço por problemas psicológicos. Segundo o major Marcio Stange Cruz, supervisor da equoterapia e subcomandante do regimento, 350 pessoas aguardam por uma vaga. A espera pode durar até dois anos. O major destaca que a equoterapia favorece a qualidade de vida dos participantes.// SONORA MARCIO STANGE CRUZ.//

A equoterapia apresenta benefícios em casos de autismo, paralisia cerebral, síndrome de down, esclerose múltipla, hiperatividade, traumas, estresse e depressão. Em Curitiba, as crianças são as mais beneficiadas com a prática da equoterapia. José Luiz Beggiora, pai de José Luiz Beggiora Neto, de 6 anos, disse que o menino tem síndrome de down e conta com o atendimento do Regimento há um ano. De acordo com ele, no início, as aulas duravam no máximo 10 minutos. Hoje, com mais confiança, a criança completa os 30 minutos da atividade. José Luiz relata que é possível perceber melhora no quadro clínico do filho.// SONORA JOSÉ LUIZ BEGGIORA JUNIOR.//

Wallace Fernandes da Cruz, de 6 anos, tem autismo e crise de ausência, uma manifestação da epilepsia. Se medicado, as chances de desenvolver crises são pequenas. O pai dele, Wildner Denis, ressaltou que as sessões de equoterapia contribuíram para aprimorar a coordenação motora, mas também para a melhor socialização da criança.// SONORA WILDNER DENIS.//

Adultos também são atendidos no Regimento. Ex-dependentes químicos, por exemplo, fazem terapia visando a reinserção social. A equipe que realiza o atendimento é formada por fisioterapeutas, médicos veterinários, educadores físicos e técnicos em equoterapia. Os cavalos passam por testes e têm perfil pré estabelecido. O Regimento da Cavalaria Montada tem 10 cavalos para a realização das terapias. O soldado Danilo Franzo trabalha no regimento há 6 anos como equoterapeuta. Ele explica que o tratamento começa a partir de uma aproximação entre o cavalo e o paciente.// SONORA DANILO FRANZO.//

Em abril deste ano o serviço foi estendido e passou a ser oferecido em Pinhais, no Haras Palmital. Cerca de 80 pacientes são atendidos mensalmente. Os interessados devem ter indicação médica, psicológica, fisioterápica ou pedagógica. (Repórter: Amanda Laynes)