Polícia Civil do Paraná busca suspeitos de lesar o Estado em 125 milhões de reais

28/05/2019
A Polícia Civil do Paraná cumpre, na manhã desta terça-feira, em Curitiba, 15 mandados de prisão temporária e 29 de busca e apreensão contra responsáveis pela manutenção de veículos oficiais do Estado do Paraná. A operação Peça Chave investiga diversos crimes praticados por pessoas ligadas à empresa JMK. O prejuízo aos cofres públicos é estimado de mais de 125 milhões de reais. Há suspeitas de que as atividades criminosas aconteciam desde o início da execução do contrato, em junho de 2015. Cerca de 100 policiais civis também cumprem ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e apreensão de 24 veículos de luxo usado pela organização criminosa. Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Criminal de Curitiba. A investigação da Polícia Civil aponta que os responsáveis pela JMK teriam estabelecido uma sistemática que envolvia a falsificação e adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas, para elevar o valor do serviço prestado, provocando superfaturamentos que chegam à 2450%. Além disso, usariam peças do mercado alternativo, de qualidade e preço inferiores, na manutenção de ambulâncias e viaturas policiais, cobrando do Estado como se fossem peças originais. Os líderes do esquema teriam criado uma complexa estrutura, que envolve “laranjas”, ou seja, dezenas de familiares e empresas de fachada, para ocultar e dissimular a origem criminosa do dinheiro. Segundo as investigações, a organização criminosa teria praticado os crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, inserção de dados falsos no sistema, fraude na execução do contrato e lavagem de dinheiro. O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, e o delegado Alan Flore, apresentam o resultado da operação e fornecem detalhes da investigação para a imprensa em uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira. A entrevista acontece às dez e meia, na Divisão de Combate à Corrupção, que fica na Rua Deputado Mário de Barros, número 1556, no Centro Cívico. (Repórter: Priscila Paganotto)