Plano de retomada do turismo paranaense avança para reaquecer setor

31/08/2020
O setor do turismo está entre os primeiros que sentiram os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, e é um dos mais prejudicados. Para auxiliar na retomada desse mercado tão logo seja possível, o Governo do Estado e entidades do setor articularam o Projeto de Retomada do Turismo no Paraná. A principal meta é a possibilitar a recuperação a partir do turismo regional. Depois da conclusão da Fase 1 do projeto, a 2 foi iniciada imediatamente e a fase 3 já está em andamento. Elas consistem, respectivamente, na costura de parcerias com entidades de classe e instâncias de governança, para capacitação e qualificação dos serviços, e na retomada dos negócios a partir de encontros de negócio virtuais. O projeto é uma iniciativa da Paraná Turismo, Invest Paraná e Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, em parceria de instituições representativas dos setores público e privado, que fazem parte do Cepatur, Conselho Paranaense de Turismo, e também das Instâncias de Governança Regionais das 14 regiões turísticas do Paraná. Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, o objetivo é garantir que os destinos turísticos do Paraná entrem na rota dos paranaenses, dos brasileiros e dos estrangeiros.
Entre março e abril, durante a fase 1 do projeto, foi feito um levantamento de 11 mercados emissores dentro do Estado. São eles: Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Guarapuava. Ainda nessa fase, houve a seleção de produtos e empresários envolvidos na emissão e recepção de turistas. De acordo com o diretor de Marketing da Paraná Turismo, Aldo Carvalho, após essa seleção, foi definido que o turismo de curta distância seria a prioridade, inspirando-se em experiências internacionais.// SONORA ALDO CARVALHO.//

A necessidade de refletir sobre um plano de retomada era iminente, uma vez que o setor no Estado vinha em franca ascensão. Até outubro do ano passado, o Paraná era o segundo estado com o maior crescimento turístico do Brasil, com 5,4%, superando, inclusive, a média nacional, de 1,5%. No Brasil, o turismo movimentou cerca de 930 bilhões de reais em 2019, além de gerar, até o início da pandemia, cerca de 25 milhões de empregos. Para Giovanni Bagatini, gerente de Turismo do Sesc, Serviço Social do Comércio do Paraná, e representante da Fecomercio, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná, o empreendedorismo no turismo é uma atividade arriscada e necessária para o crescimento e até mesmo para a sobrevivência da economia no País.// SONORA GIOVANNI BAGATINI.//

Ele definiu ainda que é possível considerar um cenário de estabilização da economia entre outubro deste ano e o do próximo. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas estima uma perda de 21,5% para o setor do turismo no biênio. Porém, Bagatini destacou que há regiões no Estado, como Foz do Iguaçu e Morretes, nas quais a taxa de dependência do turismo chega a superar 50% e, portanto, são locais onde o impacto acaba sendo muito maior.// SONORA GIOVANNI BAGATINI.//

Como parte do projeto de retomada foi lançada a campanha “Não cancele, remarque!”. O objetivo é evitar a falência de empresas, com a devolução de valores já pagos pelos turistas, o que prejudica o capital de giro e gera desemprego. Durante o período da pandemia, a Paraná Turismo também fez pesquisas de sondagem desenvolvidas pelo Cepatur sobre os impactos da Covid-19. Elas serviram de base para que fosse traçado um cenário do turismo local antes e durante a pandemia da Covid-19, para obter dados suficientes para a execução do projeto de retomada de uma forma assertiva e eficaz. Todas as sondagens podem ser acessadas em turismo.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)