Pilotos que transportam órgãos encontram adolescente que recebeu um novo coração

16/05/2024
Pilotos da Divisão Aérea da Casa Militar do Governo do Paraná, os comandantes Gustavo Sakakihara e Valter Obiava tiveram um dia diferente nesta quinta-feira no Aeroporto do Bacacheri. Eles conheceram uma paciente transplantada que teve a vida salva pela celeridade no transporte de órgãos. No ano passado eles transportaram da região Sudoeste do Estado para Curitiba o coração que foi transplantado na adolescente Sofia Ramos, de 15 anos. Líder nacional em doações de órgãos, o Paraná registrou 486 doadores em 2023, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes. Enquanto a média nacional é de 19,9 doadores por milhão de população, o Paraná alcançou a marca de 42,5 doadores por milhão de população ano passado. Uma dessas vidas salvas graças ao pronto-atendimento das aeronaves paranaenses foi a de Sofia. O que emocionou os pilotos, como conta o comandante Sakakihara, que é investigador da Polícia Civil e atua há cinco anos na Divisão Aérea. // SONORA GUSTAVO SAKAKIHARA //

Já o comandante Obiava, que é cabo da Polícia Militar, afirma que o transporte de órgãos é uma das missões mais gratificantes que a equipe da Divisão Aérea realiza. Ele explica que todo o trabalho, não só da equipe área, mas de todos os participantes, incluindo as equipes médicas, deve ser integrado e ágil para se que consiga o objetivo de salvar vidas. // SONORA VALTER OBIAVA //

No encontro com os pilotos, a mãe de Sofia, a psicóloga Karen Regina Zampieri, de 42 anos, agradeceu o trabalho da equipe da Divisão Aérea não só por salvar a vida da filha, mas de tantas outras pessoas com o transporte de órgãos. // SONORA KAREN REGINA ZAMPIERI //

Sofia conta que foi diagnosticada com miocardia dilatada do coração ao dar entrada no hospital com vômitos constantes, e que até chegar na unidade de saúde, a família acreditava que era apenas um mal-estar, mas os exames mostraram que o problema era maior. // SONORA SOFIA RAMOS //

Qualquer pessoa que tenha constatada morte encefálica pode ser doadora de órgãos, se não tiver nenhum impeditivo em termos de saúde, mas para isso é preciso autorização da família. A Central Estadual de Transplantes fica em Curitiba e é responsável pela coordenação das atividades de doação e transplantes em todo Estado. (Repórter: Nathália Gonçalves)