Pesquisadores do Paraná usam Inteligência Artificial para combate da ferrugem da soja

06/11/2024
O professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina, é diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro, que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo. Atualmente, ele coordena um projeto em parceria com o Departamento de Computação da instituição para a aplicação de inteligência artifical na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem. A ferrugem da soja, também chamada de asiática, é uma doença que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou perdas significativas de safra no passado. Além da UEL, o IDR-PR, Adapar, UTFPR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Faep e Fundação ABC também estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa na cidade de Assis, em São Paulo, e passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava. Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a inteligência artificial ele pode monitorar a presença, ou não, dos esporos sem sair do laboratório, já que a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especificamente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. // SONORA EDIVAN POSSAMAI //

O projeto tem o objetivo de reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz. Três aspectos são levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O Ciagro está automatizando a observação desses três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas. (Repórter: Gabriel Ramos)