Pesquisa genética de tilápias da UEM avança com estudo de pesquisadoras moçambicanas

05/03/2024
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá, UEM, busca há 15 anos o melhoramento genético de tilápias do Nilo, a espécie de peixe mais produzida e de grande importância comercial no País. Recentemente, o Programa de Melhoramento Genético de Tilápias do Nilo, Tilamax, desenvolvido pelo grupo de Pesquisa PeixeGen da universidade, avançou com as teses de mestrado de duas pesquisadoras de Moçambique, Carla Finiosse e Nareta Figueiredo. As pesquisas promoveram um avanço nos estudos para o desenvolvimento de material genético que dispense a necessidade de reversão na produção. Atualmente, a forma mais utilizada para o cultivo desta espécie é o monosexo – apenas machos – porque o peso da fêmea oscila entre 70% a 75% do macho. O orientador delas, Carlos Antonio Lopes Oliveira, docente da graduação e pós-graduação do Departamento de Zootecnia da UEM, afirma que conseguiram aumentar dez pontos percentuais, o que indica que existe um caminho para diminuir a desigualdade. Os mestrados das moçambicanas foram estudos complementares dentro da Pesquisa PeixeGen. As pesquisadoras são funcionárias do Centro de Pesquisa em Aquicultura em Moçambique, que produz tilápias da espécie Moçambicana e da espécie Nilótica. Finiosse chefia a Unidade de Alevinagem de tilápias do Nilo e Figueiredo é técnica no setor de melhoramento genético de tilápia Moçambicana. Oliveira lembra que a parceria foi impulsionada pelo zootecnista Humberto Todesco, egresso da UEM, que atua como consultor no Cepaq. A parceria de transferência de tecnologia entre os dois países começou há dois anos, em fevereiro de 2022, quando foi assinado um acordo de cooperação internacional entre o Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UEM e a organização norueguesa não governamental Norges Vel, por meio do Escritório de Cooperação Internacional. O programa Tilamax foi desenvolvido há mais de quinze anos na Estação Experimental de Piscicultura da UEM, que executa desde 1996 uma importante função na pesquisa de excelência para a piscicultura brasileira, envolvendo estudantes da graduação, mestrado e doutorado. (Repórter: Victor Luís)