Pesquisa do IDR-Paraná mostra práticas que reduzem cancro cítrico em mais de 90%
09/10/2021
A implantação de quebra-vento conjugada com aplicações de cobre reduz em até 60% a incidência de plantas com cancro cítrico nos pomares de citros. Se considerada a infecção em flores e frutos, o percentual é ainda maior, e passa de 90%, segundo o bacteriologista e pesquisador do IDR-Paraná, Instituto de Desenvolvimento Rural, Rui Pereira Leite Junior.
Esses resultados são de um estudo realizado na Unidade de Pesquisa do IDR-Paraná de Xambrê, na Região Noroeste do Paraná, divulgados em um artigo publicado na revista científica Plant Disease, editada pela sociedade de fitopatologia dos Estados Unidos.
O cancro cítrico, causado por uma bactéria, está disseminado nos principais países produtores de citros. O patógeno gera prejuízos rapidamente quando se instala em um pomar, causando o enfraquecimento das plantas e baixa qualidade comercial da pouca produção obtida, já que a doença produz lesões nos frutos.
Essa bactéria também não depende de um inseto que atue como vetor para se dispersar pelas plantações, o que torna a doença ainda mais ameaçadora para toda a cadeia produtiva. Durante anos, a principal recomendação para conter a doença era simplesmente arrancar as plantas infectadas. No Brasil, foi feita uma campanha nacional para erradicação do cancro cítrico, e pomares inteiros foram eliminados até a década de 1980.
Rui Leite explica que foi somente na década seguinte, a partir de 1990, que a pesquisa estabeleceu um protocolo para manejo do cancro cítrico.// SONORA RUI PEREIRA LEITE JUNIOR.//
Para fazer essa avaliação, os pesquisadores implantaram um pomar de 10 hectares, com laranjeiras de cultivar valência enxertadas sobre limão-cravo e que podem sofrer com o cancro cítrico, e o isolaram com quebra-vento formado por árvores de casuarina.
Avaliando em separado cada uma das ações contra a doença, os pesquisadores constataram que a aplicação de cobre proporcionou melhor resultado, seguida pelo quebra-vento. Já o controle da lagarta minadora dos citros não exerceu grande influência sobre a instalação e desenvolvimento do cancro cítrico no pomar.
Segundo Rui Leite, os resultados apontam que as aplicações de cobre têm papel importante na redução da incidência da doença e perdas na produção, e que o quebra-vento contribui para diminuir a quantidade de frutos com cancro, rejeitados pelo mercado.// SONORA RUI PEREIRA LEITE JUNIOR.//
A pesquisa é fruto de uma parceria entre pesquisadores do departamento de pesquisa do Fundo de Defesa da Citricultura; da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à Universidade de São Paulo; do Serviço de Pesquisa do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos; e também da Universidade da Flórida, também nos Estados Unidos.
Mais detalhes sobre a pesquisa, acesse o site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)
Esses resultados são de um estudo realizado na Unidade de Pesquisa do IDR-Paraná de Xambrê, na Região Noroeste do Paraná, divulgados em um artigo publicado na revista científica Plant Disease, editada pela sociedade de fitopatologia dos Estados Unidos.
O cancro cítrico, causado por uma bactéria, está disseminado nos principais países produtores de citros. O patógeno gera prejuízos rapidamente quando se instala em um pomar, causando o enfraquecimento das plantas e baixa qualidade comercial da pouca produção obtida, já que a doença produz lesões nos frutos.
Essa bactéria também não depende de um inseto que atue como vetor para se dispersar pelas plantações, o que torna a doença ainda mais ameaçadora para toda a cadeia produtiva. Durante anos, a principal recomendação para conter a doença era simplesmente arrancar as plantas infectadas. No Brasil, foi feita uma campanha nacional para erradicação do cancro cítrico, e pomares inteiros foram eliminados até a década de 1980.
Rui Leite explica que foi somente na década seguinte, a partir de 1990, que a pesquisa estabeleceu um protocolo para manejo do cancro cítrico.// SONORA RUI PEREIRA LEITE JUNIOR.//
Para fazer essa avaliação, os pesquisadores implantaram um pomar de 10 hectares, com laranjeiras de cultivar valência enxertadas sobre limão-cravo e que podem sofrer com o cancro cítrico, e o isolaram com quebra-vento formado por árvores de casuarina.
Avaliando em separado cada uma das ações contra a doença, os pesquisadores constataram que a aplicação de cobre proporcionou melhor resultado, seguida pelo quebra-vento. Já o controle da lagarta minadora dos citros não exerceu grande influência sobre a instalação e desenvolvimento do cancro cítrico no pomar.
Segundo Rui Leite, os resultados apontam que as aplicações de cobre têm papel importante na redução da incidência da doença e perdas na produção, e que o quebra-vento contribui para diminuir a quantidade de frutos com cancro, rejeitados pelo mercado.// SONORA RUI PEREIRA LEITE JUNIOR.//
A pesquisa é fruto de uma parceria entre pesquisadores do departamento de pesquisa do Fundo de Defesa da Citricultura; da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à Universidade de São Paulo; do Serviço de Pesquisa do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos; e também da Universidade da Flórida, também nos Estados Unidos.
Mais detalhes sobre a pesquisa, acesse o site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)