Pesca no Rio Piquiri é proibida em todos os pontos, por tempo indeterminado

25/02/2019
O IAP, Instituto Ambiental do Paraná, proibiu a pesca de qualquer modalidade, por tempo indeterminado, em todos os rios que compreendem a Bacia Hidrográfica do Rio Piquiri. A Portaria publicada pelo órgão é uma medida de precaução e prevenção, por conta do número relevante de mortes de peixes nos últimos dias, em vários pontos do Rio Piquiri. A proibição da pesca vale para toda e extensão do rio, que tem 660 quilômetros. Ele nasce na Serra de São João, entre Turvo e Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, e segue até desaguar no Rio Paraná, entre Terra Roxa e Altônia, na Região Oeste. A proibição da pesca é uma forma de proteger as espécies nativas, garantindo a recuperação e manutenção de estoques para evolução da espécie, além de evitar a contaminação de pessoas que praticam a pesca e consomem estes peixes. Vão ser feitos estudos científicos nas águas e peixes da Bacia do Rio Piquiri, com a finalidade de avaliar a qualidade ambiental e sanitária. Os trabalhos vão durar seis meses e podem ser estendidos, dependendo dos resultados das avaliações. Existem suspeitas de que o problema começou nas imediações da confluência do Rio Cantu com o Rio Piquiri. Uma equipe que inclui as regionais do IAP de Campo Mourão, Umuarama, Cianorte e a Polícia Ambiental, foi montada para identificar, em três dias, os pontos em que ocorrem as mortes e as possíveis causas. O número de peixes mortos é de aproximadamente 50 mil toneladas e as espécies encontradas são na maioria piapara, piau e mandi. A proibição exclui a pesca de caráter científico e coletas de peixes para fins de Estudos e Monitoramento da Ictiofauna, previamente autorizada ou licenciada pelo IAP. A pesca em desacordo com o estabelecido na portaria do Instituto Ambiental do Paraná sujeita o infrator às penalidades como multa de 700 reais a 100 mil reais e a apreensão do material de pesca. (Repórter: Priscila Paganotto)