Parceria entre Sanepar e Frísia protege mananciais e beneficia produtores

28/03/2021
Os 50 anos de experiência no manejo do gado leiteiro indicam para Dona Sueli Bavoso, proprietária da Chácara Rivieira, em Castro, que é hora de mudar. Sua propriedade foi uma das beneficiadas com a instalação de uma esterqueira, adequada às boas práticas ambientais. A instalação das esterqueiras soma esforços da Companhia de Saneamento do Paraná, a Sanepar, da Frísia Cooperativa Agroindustrial e dos próprios bovinocultores. O objetivo principal da iniciativa é evitar a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e dos mananciais.
O Acordo de Cooperação Técnica entre a Sanepar e a Frísia foi assinado no ano passado, por meio do Programa Fundo Azul, desenvolvido pela companhia. Para receberem ajuda na implantação das esterqueiras, num primeiro momento foram selecionadas 15 pequenas propriedades, localizadas nas bacias hidrográficas dos rios Piraizinho, São João, São Cristóvão e represa de Alagados, todos mananciais de abastecimento público. São nove propriedades beneficiadas em Carambeí, cinco em Castro e 1uma em Piraí do Sul.
A Sanepar ficou responsável pelo fornecimento de materiais e insumos para construir as esterqueiras, incluindo a instalação da geomembrana, e a Frísia usou o conhecimento de tecnologia no desenvolvimento do projeto e orientação aos produtores.
Os pequenos bovinocultores contemplados, orientados pela cooperativa, adotam boas práticas ambientais, se antecipando a uma futura exigência da legislação. Assim, eles preservam o meio ambiente e ainda diminuem seus custos operacionais ao reduzirem o consumo de fertilizantes.
A seleção das propriedades entre os cooperados levou em conta o porte, a localização em área de manancial e a inadequação no lançamento de dejetos, seja pelo déficit de capacidade, impermeabilização insatisfatória ou ausência de esterqueira. Com a implantação da esterqueira dentro dos padrões técnicos e ambientais é possível centralizar o dejeto num único lugar, melhorar o manejo e ter um tempo de retenção suficiente para usar esse dejeto como biofertilizante, além de trazer o benefício ambiental para a qualidade da água, do solo e para todo o entorno das propriedades rurais. (Repórter: Flávio Rehme)