Parceria entre IAT e Ceasa ajuda a matar a fome de animais silvestres em criadouros

20/08/2024
Todas as segundas, quartas e sextas-feiras um caminhão sai do Criadouro Conservacionista Onça Pintada, em Campina Grande do Sul, com destino à Ceasa, em Curitiba, de onde volta abarrotado de frutas, legumes e verduras que, em outras épocas, teriam sido jogadas no lixo. Agora, por meio de uma parceria que envolve o IAT e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, esse alimento, que já não atende mais aos padrões de comercialização e nem pode ser consumido por humanos, ajuda a matar a fome de diferentes espécies de animais silvestres, boa parte deles resgatados em situação de abandono ou maus-tratos. São, em média, 29 toneladas viabilizadas por mês pelo programa do Governo do Estado para o criadouro em uma parceria que completa um ano em setembro. Desde então, a Ceasa pode avançar na iniciativa que busca zerar o desperdício de alimentos não comercializados por atacadistas e produtores rurais enquanto o Onça Pintada não precisou mais comprar frutas, verduras e legumes para os cerca de quatro mil animais de 206 espécies diferentes que habitam o complexo, na Região Metropolitana de Curitiba. O Onça Pintada é particular, mas licenciado pelo IAT. O diretor de Patrimônio Natural do Instituto, Rafael Andreguetto, explicou como essas iniciativas impulsionam a chamada economia circular. // SONORA RAFAEL ANDREGUETTO //

Devido ao sucesso do programa, o IAT está avaliando ampliar a doação de alimentos para outras instituições voltadas aos animais, como os Centros de Apoio à Fauna Silvestre e o Centro de Triagem e Atendimento de Animais Silvestres. De acordo com o presidente da Ceasa do Paraná, Eder Bublitz, a ideia é replicar a iniciativa de sucesso. // SONORA ÉDER BUBLITZ //

A distribuição das hortaliças em larga escala para centenas de instituições ocorre por meio do Banco de Alimentos Comida Boa, ideia que surgiu em abril de 2020, logo após a chegada da pandemia da Covid-19. Antes da iniciativa, cerca de 50 toneladas eram desperdiçadas por dia por não serem comercializadas. (Repórter: Gustavo Vaz)