Paraná tem quase 7 mil inscritos no Encceja para pessoas privadas de liberdade

12/07/2021
O Paraná tem 6.912 presos inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, 1.645 a mais em comparação com a última edição do Encceja. Isso representa um aumento de 23,79% nos inscritos, que estão distribuídos em oito unidades do sistema penitenciário. O Encceja é mais uma oportunidade às pessoas privadas de liberdade que não tiveram chance de concluir os estudos na idade apropriada. Ele teve a primeira edição em 2002 e tem por finalidade aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada. As provas serão aplicadas em 13 e 14 de outubro deste ano. Para o diretor-geral do Departamento Penitenciário do Paraná, Francisco Alberto Caricati, esta é mais uma forma de ampliar ações de educação no sistema prisional, proporcionando uma perspectiva diferente ao preso que consegue obter a certificação e elevação de escolaridade.// SONORA FRANCISCO CARICATI.//

Conforme o edital deste ano do Encceja Nacional PPL, a participação é voluntária e gratuita. Para o ensino médio o mínimo exigido é 18 anos completos, na data de realização do exame. A organização do exame no Sistema Prisional do Paraná é do Setor de Educação do Depen e as inscrições foram realizadas pelas pedagogas das unidades penais. A avaliação do Encceja é composta de quatro provas objetivas, contendo 30 questões de múltipla escolha e uma proposta de redação, para cada nível de ensino. O participante que alcançar a nota mínima exigida, 100 pontos em cada uma das áreas do conhecimento e 5 pontos na redação, tem direito à Certificação de Conclusão do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio e Declaração Parcial de Proficiência. Na última edição, dos 5.267 inscritos, 902 efetivamente concluíram os estudos, o que representa pouco mais de 17%. Além da oportunidade do PPL concluir a Educação Básica e de avaliar seus conhecimentos nas provas, o preso também pode solicitar a remição de pena, conforme resolução do Conselho Nacional de Justiça. (Repórter: Wyllian Soppa)