Paraná tem os melhores índices do Brasil em transplante de órgãos

03/04/2019
O Paraná tem números recordes no setor de transplante de órgãos. Enquanto a taxa de doadores no Brasil foi, no ano passado, de 17 por milhão de população, o Paraná fechou o ano com índice de 47,7 doadores por milhão, total quase três vezes maior que o do país. Outro destaque é que o Estado é referência em transplantes realizados, com 90 para cada milhão de população, e tem a maior taxa brasileira de autorização familiar para doação. Em apenas 27% dos casos a doação é negada. O serviço de busca por possíveis doadores também é o mais eficiente do país, já que o Paraná notifica mais de 108 mortes encefálicas por milhão de população, número cerca de 30% maior que Santa Catarina, segunda colocada. Pacientes nesta condição ainda estão aptos a realizar a doação. Os dados estão na revista Registro Brasileiro de Transplantes, publicação da ABTO, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o diferencial do Paraná está na boa estruturação do serviço e a capacitação de equipes. A médica Arlene Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplante do Paraná, destaca que o intenso trabalho para que o Estado chegasse a estes bons números. // SONORA ARLENE BADOCH //
A coordenadora também afirma que é essencial o trabalho de conscientização, pois quem autoriza a doação de órgãos para salvar outras vidas é a família. // SONORA ARLENE BADOCH //
De acordo com dados da IRODAT, que é o registro internacional de doações e transplantes, o Brasil é o segundo país do mundo em números absolutos de transplantes. No Paraná, 1.800 pessoas aguardam na fila por um transplante; e no Brasil, são mais de 33 mil pessoas à espera de um órgão. (Repórter: Rodrigo Arend)