Paraná sofre com estiagem mais severa dos últimos anos

08/04/2020
O Paraná vive atualmente a pior estiagem dos últimos 23 anos. Desde que o Simepar começou a monitorar as condições do tempo, em 1997, nunca choveu tão pouco no Estado. A baixa precipitação já dura dez meses, estando muito abaixo da média histórica desde junho do ano passado em 9 das maiores cidades paranaenses, em quase todas as regiões do Estado. Houve uma redução média de 33%no volume de chuvas no conjunto de municípios formado por Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Umuarama e Guaratuba. Destas, Guarapuava é a cidade que mais sofre com a seca. A diminuição no volume de chuvas foi de 47%, ficando em apenas 809 milímetros. Porém, no volume total, Curitiba foi quem teve menos chuva entre os municípios pesquisados: 725 milímetros, 43% abaixo da média histórica. O coordenador de operação do Simepar, Antonio Jusevicius, destacou que o período conta com algumas breves exceções, mas a situação geral é de seca no Paraná. // SONORA ANTONIO JUSEVICIUS //
As previsões também não são animadoras. Relatório do Simepar mostra que o volume de chuvas no Paraná ficará abaixo da média normal no período que varia de três a seis meses. De acordo o coordenador do Simepar, o outono é marcado por uma diminuição natural da quantidade e frequência de chuvas. Ele afirma que as chuvas recentes não foram suficientes para repor o nível dos reservatórios. // SONORA ANTONIO JUSEVICIUS //

A estiagem do primeiro trimestre deste ano, especialmente no mês de março, reforça a necessidade do consumo consciente da água em todo o Paraná. O impacto imediato tem sido nos sistemas de abastecimento de água. Rios, poços, minas e córregos estão perdendo vazão, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba e no Oeste do Estado. Na capital, a média mensal de chuvas para março é de 127 milímetros. Mas neste ano, choveu apenas 12 milímetros no mês. O Rio Miringuava, que abastece Curitiba e 12 cidades do entorno, perdeu 60% do volume de água. Os mananciais que abastecem as cidades de Almirante Tamandaré, Rio Negro, Fazenda Rio Grande e Colombo estão com níveis preocupantes. No Oeste do Estado, a situação mais crítica está em Medianeira. Os poços e o Rio Alegria que abastecem aos moradores da cidade já perderam 40% de vazão. (Repórter: Rodrigo Arend)