Paraná reforça fiscalização de entrada de bois e búfalos na fronteira com Argentina

16/01/2020
Paraná reforçou neste ano a defesa agropecuária nas divisas com Santa Catarina e na fronteira com a Argentina, no Sudoeste do Estado. A medida é parte do protocolo de conquista do status internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação. Desde o dia 6, os postos de fiscalização da região, ligados à Unidade Regional de Francisco Beltrão, não permitem o ingresso e incorporação de animais vacinados contra a doença. Com o início do trabalho na região, o Estado passa a contar com fiscalização integral, 24 horas por dia, em toda a extensão territorial, seja na divisa com outros estados ou na fronteira com países. Ao todo, destacou Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, são 33 postos espalhados pelas estradas do Paraná. Segundo ele, é preciso proteger o status sanitário do Paraná, e as medidas foram tomadas após entendimento com o setor produtivo, para garantir mais mercado para a produção paranaense.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

A nova estratégia de defesa mudou a rotina do posto de fiscalização em Barracão, cidade paranaense que faz divisa com a catarinense Dionísio Cerqueira e fronteira com a Argentina por Bernardo de Irigoyen. Responsável pelo comando da Unidade Regional de Sanidade Animal de Francisco Beltrão, a engenheira agrônoma Ellis Picinini contou que o posto redobrou a atenção com a mudança.// SONORA ELLIS PICININI.//

Até esta quarta-feira foram 277 ocorrências em Barracão, mas nenhuma relacionada à entrada no Estado de animais fora do padrão. Foram registradas no período apenas duas ocorrências relacionadas à tentativa de entrada no Paraná com animais vacinados contra a febre aftosa. Ambos os carregamentos vinham de São Paulo e foram barrados pela regional de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro. O reforço na fiscalização é mais um passo para a declaração internacional do Paraná como livre da febre aftosa sem vacinação. Como parte do protocolo, o Estado já foi dispensado da vacinação, que normalmente ocorria em novembro. Também por determinação do Ministério da Agricultura foi proibida a manutenção e uso de vacina em território paranaense. Uma Instrução Normativa determina a defesa agropecuária nas divisas e na fronteira com a Argentina. A exceção é para a entrada de bois e búfalos destinados ao abate. Eles, porém, devem estar necessariamente em veículo lacrado e ter como destino abatedouro com inspeção oficial. Caso se destinem à exportação, os animais deverão ser encaminhados diretamente para estabelecimento de pré-embarque autorizado pelo Serviço Veterinário Oficial. Se o animal é vacinado e tem como destino outro Estado, poderá transitar pelo Paraná desde que sejam obedecidas as rotas previamente estabelecidas. Pelas regras, ficam autorizados a entrar no Paraná cargas compostas por carne fresca, miúdos in natura, vísceras e produtos cárneos de suínos e ruminantes. Também há permissão para leite cru destinado ao beneficiamento em estabelecimento com inspeção oficial, couro salgado, couro piquelado ou curtido, cascos, chifres e pelos, além de material genético. (Repórter: Wyllian Soppa)