Paraná realiza encontros para tratar sobre o fim da vacinação contra a febre aftosa

14/05/2019
O Paraná começou nesta terça-feira, em Paranavaí, o primeiro fórum “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”, evento promovido pelo Governo do Estado e parceiros com o objetivo de debater a suspensão da vacina contra febre aftosa no estado. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar, Rafael Gonçalves Dias, participaram do encontro no Centro de Eventos Armando Trindade Fonseca. O secretário Ortigara destacou que o fórum em Paranavaí marca o início de uma série de eventos para conscientização dos criadores em relação à suspensão da vacinação contra a febre aftosa. Vão ser promovidos mais cinco fóruns ao longo do mês deste mês, em Cornélio Procópio, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel e Curitiba. Além dos produtores, participam entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público. De acordo com Rafael Gonçalves Dias, da Adapar, o Paraná está preparado para o diagnóstico rápido da doença, que não se manifesta desde 2005, e se organizando para as mudanças com o fim da vacinação. // SONORA RAFAEL DIAS //
Após a atual campanha de vacinação de bovinos e búfalos de até 24 meses, o Paraná deixa de vacinar contra febre aftosa. Em setembro, o Ministério da Agricultura publica um ato normativo que mudará o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, e a Organização Mundial de Saúde Animal reconhecerá a condição do Paraná em 2021. Em março deste ano, os técnicos Marta Oliveira Freitas, da Adapar, e Fábio Peixoto Mezzadri, do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, divulgaram um estudo que mostra que o novo status pode dobrar as exportações de carne suína no Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano. Este cenário é previsto se o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por China, Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária, e representam 64% do comércio mundial de carne suína. Além disso, as cadeias produtivas de carne bovina, de aves e leite também serão beneficiadas com o acesso a mercados que pagam melhor. (Repórter: Rodrigo Arend)