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A perda de receitas do Governo do Estado chegou a um bilhão 498 milhões de reais entre janeiro e junho deste ano. O volume arrecadado é 9,4% menor em comparação com o primeiro semestre de 2019. A redução só não foi maior em razão do desempenho econômico de janeiro e fevereiro, mas o surgimento da Covid-19 provocou forte retração em março, abril, maio e junho. No cálculo sem o primeiro bimestre, retrato mais fiel dos impactos da pandemia nas contas estaduais, as receitas caíram um bilhão e 700 milhões de reais. Os dados constam no boletim conjuntural elaborado pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes publicado nesta quinta-feira. Essa edição especial de fim de semestre traz um comparativo de arrecadação, vendas e produtos mês a mês para medir os impactos da crise sobre as contas públicas e a sociedade. Todos os valores estão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. A análise de arrecadação é feita com base no ICMS, principal tributo do Estado e termômetro da movimentação econômica, e inclui as empresas do Simples Nacional, que tiveram os prazos de pagamento dilatados para julho, agosto e setembro. Em relação à Lei Orçamentária, por exemplo, a queda foi de 433 milhões de reais em abril, 853 milhões de reais em maio e 336 milhões de reais em junho. Na avaliação setorial, que engloba os nove principais grupos da economia, as quedas variaram de 4,1% a 60,8% entre abril e junho, no período mais agudo da crise até o momento. O setor de agricultura e extração apresentou alguma variação positiva nesse período, assim como o setor de energia em maio, mas todos abaixo de 1%. Entre abril e junho os setores que menos arrecadaram em valores brutos foram o de combustíveis, automóveis, indústria e os segmentos atacadista e varejista do comércio. O boletim completo pode ser acessado no site de notícias do Governo do Estado, xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Amanda Laynes)