Paraná mantém liderança em doações e transplantes de órgãos

14/08/2020
Apesar das dificuldades em meio à pandemia, o Paraná se mantém líder em doações e transplantes de órgãos no Brasil neste primeiro semestre. Os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, ABTO, mostram que o Estado atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população, ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional, que fechou em menos de 16 doações por milhão de população. Além da liderança em doações, o Estado se mantém no topo da lista em transplantes renais e em segundo lugar em transplantes de fígado. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o número positivo do Paraná é resultado de um trabalho integrado e eficiente do Sistema Estadual de Transplantes. Ele reforça que potenciais doadores estão sendo testados para coronavírus, garantindo a segurança de todos os envolvidos no processo. A coordenadora do Sistema, Arlene Badoch, comemorou os bons resultados do Paraná. // SONORA ARLENE BADOCH //

Os dados também mostram que o Estado teve queda das recusas familiares em doar os órgãos, nestes seis meses. Apenas 23% das famílias se recusaram a doação de órgãos, sendo este o índice o mais baixo já registrado na história do Sistema de Transplantes. A coordenadora Arlene Badoch afirmou que a população está se tornando mais consciente. // SONORA ARLENE BADOCH //

No Brasil, as doações só ocorrem após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida o desejo de doar. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer as dúvidas e receberem orientações. No caso de doadores que estejam até 200 quilômetros de distância do receptor, é realizado o transporte terrestre. Além desta distância, é solicitado apoio aéreo para agilizar o procedimento. O Paraná conta com a ajuda da frota de aeronaves do Governo do Estado, que é formada por quatro aviões e um helicóptero. De janeiro a junho deste ano foram 51 missões de apoio, para a captação de pelo menos 135 órgãos, perfazendo 59 horas de voo. A Central Estadual de Transplantes, mantida pelo Governo do Estado, está localizada em Curitiba, mas há quatro Organizações de Procura de Órgãos, na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel. Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. São cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e três bancos de córneas em atividade, em Londrina, Maringá e Cascavel. (Repórter: Rodrigo Arend)