Paraná já recebeu mais de dois mil estrangeiros desde 2016
15/02/2019
Em pouco mais de dois anos de funcionamento, 2.108 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Ceim, o Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná. A unidade é vinculada à Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Com a proposta de oferecer orientação e acesso às diversas políticas públicas, o Ceim acolhe e orienta os imigrantes e faz os encaminhamentos necessários como, por exemplo, auxílio para buscar um emprego. Desde que foi inaugurado, em 2016, o Centro recebeu registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos, e a guerra civil síria, que começou em 2011. Nesta sexta-feira, mais um grupo de venezuelanos chegaram no Paraná. Deles, 109 vêm de Boa Vista, em Roraima, transportados em avião da Força Aérea Brasileira, numa ação da Operação Acolhida. Noventa ficam em Curitiba, e outros 19 foram encaminhados para Goioerê, no Centro Oeste do Estado. No Paraná, por meio do Ceim, o migrante pode revalidar o ensino fundamental e médio, além de se matricular no ensino regular. Ele pode, também, fazer o processo seletivo para cursos técnicos subsequentes e fazer a carteirinha da Biblioteca Pública para as aulas de português, além das vagas disponíveis nos Centros Municipais de Educação Infantil. Os estrangeiros podem ser encaminhados para o mercado de trabalho e contam com ajuda para elaboração e impressão de currículos; organização de documentação para contratação; e agendamento de atendimento para a emissão da carteira de trabalho. No campo jurídico, é feito todo o acompanhamento legal para regularizar o status migratório, distribuição de informações sobre o acesso à justiça gratuita, tipos de vistos, autorização de residência e solicitação de refúgio. Na assistência social, são prestados atendimentos pelos Centros de Referência e Centros Especializados de Assistência Social; para acolhimento e recepção de migrantes, encaminhamentos para o cadastro único e a intermediação de acolhimento institucional. A maioria dos migrantes que chega até o Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná está na faixa etária dos 30 aos 59 anos e é formada por homens, que buscam trabalho. Somente nesta categoria, foram atendidos 86 migrantes no mês passado. (Repórter: Priscila Paganotto)