Paraná investe em tecnologias para acelerar a identificação de vítimas e desvendar crimes
08/06/2021
No dia 25 de janeiro de 2021, 19 pessoas morreram e 31 ficaram feridas em um grave acidente envolvendo um ônibus de turismo que vinha do Pará, com destino a Santa Catarina. O ônibus tombou em um trecho da BR-376, conhecido com Curva da Santa, no Litoral Paraná. A tragédia, que repercutiu nacionalmente, teve a imediata ação da Polícia Científica e da Polícia Civil do Paraná, que trabalharam contra o tempo para a identificação das vítimas fatais. A Polícia Científica do Estado recebeu os 19 corpos e, destes, 17 foram identificados pela perícia necropapiloscópica da Polícia Civil. A metodologia consiste na identificação a partir da coleta das impressões digitais, e, posteriormente uma comparação com os padrões existentes. Neste caso, os dados foram confrontados com as digitais enviadas pelo Instituto de Identificação do Pará. Apenas duas vítimas, que eram menores de idade, não possuíam Registro Civil no Pará, ou prontuário odontológico, o que dificultou a busca por este método. Os irmãos, um adolescente de 14 anos e uma menina de 2, foram periciados pela Polícia Científica, por meio de um processo mais complexo – o exame de DNA. O trabalho dos papiloscopistas das Polícia Civil e dos peritos da Polícia Científica garantiu que as vítimas fossem identificadas num curto período de tempo, em apenas quatro horas, e que suas famílias fosse acionadas. Caroline Cezar de Moura Bueno Beckert, chefe da Subdivisão de Operações e Perícias do Instituto de Identificação do Paraná da Polícia Civil, explica que a papiloscopia é uma das primeiras formas de perícia e obtenção de prova técnica desenvolvidas pela humanidade.// SONORA CAROLINE CEZAR DE MOURA BUENO BECKERT.//
Recentemente, o Paraná lançou o programa Sesp Coletas, um sistema que permite a automação e descentralização das pesquisas papiloscópicas, gerando um resultado mais rápido para a população. Na maior parte dos casos, as pesquisas não precisarão ser encaminhadas à unidade central, em Curitiba. O Sesp Coleta possibilita uma busca direta de impressões digitais conciliando-as com um banco de dados, com aproximadamente 15 milhões de imagens registradas pelo Instituto de Identificação e o Departamento de Trânsito do Paraná. Os papiloscopistas da Polícia Civil fazem a coletas de impressões digitais em presídios, delegacias, hospitais, IML ou asilos, que posteriormente são inseridas no sistema, facilitando a busca por uma identidade. A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, também foi criada com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação em todo o Brasil. O software do Banco Nacional de Perfis Genéticos é atualizado semanalmente com material colhido de presos que cometeram crimes hediondos, inclusive no Paraná. Outra novidade no Estado é o Robô de DNA, que acelera a extração de amostras dos materiais genéticos relacionados a crimes, otimizando tempo na obtenção de perfis genéticos dos possíveis autores. Há, ainda, uma tecnologia que permite que médicos legistas, peritos e técnicos observem a trajetória de uma bala sem precisar analisar um corpo de forma invasiva ou expor a equipe técnica a raios magnéticos como os de um aparelho de Raio-X. Utilizado pela Polícia Científica do Paraná, o Flatscan diminui o tempo de uma autópsia e, consequentemente, a elaboração de laudos. Trata-se de uma cabine de scanner, por onde o corpo da vítima passa, que faz uma “leitura”, revelando detalhes, inclusive em casos em que há avançado estado de decomposição. (Repórter: Flávio Rehme)
Recentemente, o Paraná lançou o programa Sesp Coletas, um sistema que permite a automação e descentralização das pesquisas papiloscópicas, gerando um resultado mais rápido para a população. Na maior parte dos casos, as pesquisas não precisarão ser encaminhadas à unidade central, em Curitiba. O Sesp Coleta possibilita uma busca direta de impressões digitais conciliando-as com um banco de dados, com aproximadamente 15 milhões de imagens registradas pelo Instituto de Identificação e o Departamento de Trânsito do Paraná. Os papiloscopistas da Polícia Civil fazem a coletas de impressões digitais em presídios, delegacias, hospitais, IML ou asilos, que posteriormente são inseridas no sistema, facilitando a busca por uma identidade. A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, também foi criada com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação em todo o Brasil. O software do Banco Nacional de Perfis Genéticos é atualizado semanalmente com material colhido de presos que cometeram crimes hediondos, inclusive no Paraná. Outra novidade no Estado é o Robô de DNA, que acelera a extração de amostras dos materiais genéticos relacionados a crimes, otimizando tempo na obtenção de perfis genéticos dos possíveis autores. Há, ainda, uma tecnologia que permite que médicos legistas, peritos e técnicos observem a trajetória de uma bala sem precisar analisar um corpo de forma invasiva ou expor a equipe técnica a raios magnéticos como os de um aparelho de Raio-X. Utilizado pela Polícia Científica do Paraná, o Flatscan diminui o tempo de uma autópsia e, consequentemente, a elaboração de laudos. Trata-se de uma cabine de scanner, por onde o corpo da vítima passa, que faz uma “leitura”, revelando detalhes, inclusive em casos em que há avançado estado de decomposição. (Repórter: Flávio Rehme)