Paraná investe em programas e ações para tornar o setor agropecuário cada vez mais sustentável

28/10/2021
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP 26, que vai acontecer de 31 de outubro a 12 de novembro, na Escócia, tem tudo a ver com a agropecuária de ontem, de hoje e, sobretudo, do amanhã.

No Brasil, ela foi precedida por metas estabelecidas no Programa ABC para os anos entre 2010 e 2020, complementado agora, na proposta do ABC+, com novas estratégias para reduzir as emissões de carbono até 2030. O setor agropecuário paranaense tem contribuído de forma positiva nesse esforço com ações e programas voltados à geração de emprego e renda com foco na sustentabilidade.

O primeiro programa brasileiro previa recuperação de áreas degradadas; plantio direto; integração lavoura e pecuária, que depois foi acrescido de florestas; tratamento de dejetos e florestas plantadas. No Programa ABC+ foram acrescentados a produção de bioenergia a partir de resíduos de produção animal, a terminação intensiva na pecuária de corte e os sistemas de produção irrigada.

O manejo integrado de solos e água também é uma prática amplamente difundida no Paraná como política pública iniciada em meados da década de 80. Atualmente há 208 microbacias espalhadas pelo Estado, com 947 mil 489 hectares sendo trabalhados e mais de 45 milhões e 500 mil reais aplicados.

O sistema de plantio direto, que começou na região dos Campos Gerais no início da década de 70, se consolidou como uma das boas práticas a possibilitar que os agricultores obtivessem melhor produtividade sem degradar a qualidade do solo. Ainda hoje a técnica é adotada em pelo menos 90 municípios.

Mas é preciso mais que manter a umidade no solo. É necessário proteger as nascentes. Atualmente, há 3 mil e 700 nascentes protegidas em 237 municípios, com benefícios diretos a 4 mil e 800 famílias.

Paralelo a isso, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o Sistema de Agricultura do Estado incentiva e promove dezenas de eventos, em parceria com instituições da iniciativa privada, para treinar o correto manejo de pragas e doenças, tendo como local 260 Unidades de Referência, que são acompanhadas por 117 técnicos do IDR-Paraná.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Em média, nas últimas oito safras, o manejo integrado de pragas promoveu redução em 50% nas aplicações de inseticidas. Também como fruto das boas práticas, houve incremento de 7,5% na produtividade.

Na pecuária, dobrar a lotação de animais por área, reduzir o tempo de abate, gerar renda extra com venda da produção de madeira e, de quebra, diminuir a emissão de gás metano. Esses benefícios são observados, sobretudo, no Noroeste do Estado, com o consórcio de eucaliptos e pecuária de corte, que faz parte do Projeto Carne e Madeira de Qualidade.

A integração lavoura-pecuária-floresta é uma técnica que ganha cada vez mais força no Paraná. Em consórcio, sucessão ou rotação, o sistema melhora o uso da terra, resultando em patamares mais elevados de produtividade e uso mais racional de insumos.

Investimentos em melhorias da infraestrutura de transporte também fazem parte da estratégia de garantir maior sustentabilidade ao processo agropecuário e melhores condições de vida no setor rural. Foram realizados projetos de adequação em 690 quilômetros de estradas que se estendem por 179 municípios de forma individual e outros 70 atendidos por 14 consórcios intermunicipais.

O futuro já se faz presente em programas oferecidos pelo Sistema de Agricultura do Estado. O RenovaPR abre possibilidade de os agricultores investirem em alternativas para energia renovável, com aproveitamento solar e de biomassa.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em parceria com a Federação da Agricultura do Paraná, constituiu a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada. Reunindo instituições públicas, órgãos representativos dos produtores e universidades estaduais e federal, a Rede desenvolve 35 projetos em sete mesorregiões do Paraná com o objetivo de gerar tecnologia aplicada à conservação do solo.

Norberto Ortigara ressaltou que a tecnologia tem papel importante no desenvolvimento do setor no Estado.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Mais detalhes sobre todas as ações desenvolvidas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, acesse o site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)