Paraná é referência no alimento mais consumido pelo brasileiro

04/07/2019
O Paraná é o maior produtor nacional de feijão-preto e um dos principais no cultivo de outras variedades do grão, que tem presença obrigatória no prato dos brasileiros. O Governo do Estado investiu no melhoramento genético para aumentar a rentabilidade do produto e a produtividade das lavouras. O trabalho é feito pelo Instituto Agronômico do Paraná, Iapar. São 39 cultivares já registradas, resultado de anos de pesquisas e cruzamentos genéticos. Atualmente tem 16 novas linhagens em fase final de produção de semente genética e pré-registro para proteção no Ministério da Agricultura. A pesquisadora do Iapar Vânia Moda Cirino explica que praticamente todas as variedades consumidas pelos paranaenses, e o feijão-preto que está na mesa de todo o País, saíram das mãos dos pesquisadores do Instituto, órgão de pesquisa ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.// SONORA VÂNIA MODA CIRINO.// O melhoramento genético agrega diversas características à planta, como ciclos de cultivo mais curtos, tolerância a diferentes climas, posição de crescimento que facilita a colheita mecânica e até mesmo a qualidade culinária do grão. Das 39 cultivares desenvolvidas pelo instituto desde os anos 1970, aproximadamente dez estão em franca produção. Segundo Vânia, as variedades têm vida útil e quando são muito plantadas, acabam sendo menos resistentes a pragas e doenças.// SONORA VÂNIA MODA CIRINO.// O Iapar é o órgão estadual de pesquisa que mais registra novas cultivares no Ministério da Agricultura. São chamadas de cultivares as plantas que passaram por processos de melhoramento para inserir uma característica que não tinham. Ao longo de 47 anos, o Iapar já desenvolveu cerca de 200 cultivares de diversos produtos agrícolas, incluindo vários grupos de feijão e também café, milho, trigo, aveias, cítricos e maçã com baixa exigência no frio. O desenvolvimento de uma nova variedade de alimento é um trabalho de longo prazo. Desde o planejamento dos cruzamentos, que visam à combinação dos genes para obter as características pretendidas para a planta, até o lançamento das sementes para multiplicação, são de 10 a 12 anos de estudos. (Repórter: Amanda Laynes)