Paraná é modelo em reciclagem de embalagem de defensivos

05/08/2019
O Paraná se mantém na condição de modelo para o Brasil em logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas. De cada 100 produtos que saem da indústria, 98 têm o recipiente reciclado ou incinerado de maneira controlada. É o Estado com melhor índice do País, maior também do que a média nacional, que é de 94%. No ano passado, foram recolhidas, das propriedades rurais do Paraná, 5 mil e 600 toneladas de embalagens vazias. Os dados são do Inpev, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, que mantém convênio com o Instituto Água e Terra, órgão vinculado à Secretaria de Estado Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. A parceria é para recolhimento, treinamento, controle e outras ações do programa Campo Limpo. O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirma que o objetivo é fazer com que todo esse conhecimento possa avançar, do pequeno agricultor, que precisa de novas tecnologias para ser mais eficiente, até a grande industrialização.// SONORA CARLOS MASSA RATINHO JUNIOR//O Paraná conta com 13 centrais de armazenamento e 51 postos de recebimento, além de 17 associações de revenda de embalagens. Do volume que chega diariamente, 90% das embalagens recolhidas do campo são encaminhadas para recicladoras. Assim, o material, que poderia contaminar rios, solo e comprometer a saúde pública, vira tubulação para esgoto, embalagem para óleo lubrificante, caixa de bateria automotiva e tubo por onde passam fios e cabos, entre outros produtos. Os 10% restantes dos recipientes vazios são encaminhados para a incineração controlada. De acordo com o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos do Instituto Água e Terra, Laerty Dudas, esse índice reforça o trabalho feito pelo Estado em logística reversa.// SONORA LAERTY DUDAS//Antes de devolver no local indicado pelos revendedores, o agricultor deve lavar três vezes a embalagem, técnica mais conhecida como tríplice lavagem. Depois, revendedores e fabricantes recolhem, armazenam e enviam o material para a destinação final. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca que até os anos 70 e 80 era comum o agricultor usar o agrotóxico e enterrar a embalagem e hoje, é obrigado por lei a fazer a tríplice lavagem, além de seguir todos os passos da reciclagem.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//Desde o início das operações do programa, em março de 2002, até dezembro do ano passado, mais de 500 mil toneladas de embalagens vazias foram destinadas adequadamente no País. Para o coordenador Regional de Operações do Inpev, Fábio Macul, o objetivo é manter a curva de evolução. A intenção, segundo ele, é terminar este ano com 6 mil toneladas de embalagens vazias recicladas no Estado, chegando ainda mais próximo do índice de 100% de reaproveitamento.// SONORA FÁBIO MACUL//O Paraná possui um Plano Estadual de Resíduos Sólidos, criado em 2017, que é um modelo de gestão único no Brasil. É um instrumento para auxiliar no processo de planejamento da gestão dos resíduos sólidos em cada município, buscando proteger a saúde pública e preservar a qualidade ambiental. (Repórter: Priscila Paganotto)