Paraná e governo federal planejam políticas conjuntas para as mulheres

06/03/2020
O Governo do Estado e o governo federal, por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, estabeleceram nas últimas semanas agendas em conjunto para fortalecer as políticas públicas das duas esferas da administração e melhorar o atendimento e a proteção das mulheres. O objetivo é aproximar o Paraná dos programas federais e propor ideias e metodologias locais para o debate nacional. Uma das inciativas é a promoção de uma audiência pública no Senado Federal sobre a situação da mulher idosa do campo, situação que foi intermediada pela ministra Damares Alves, a partir da demanda levada pelo Paraná até Brasília. O Paraná tem mais de 18 mil mulheres agricultoras com mais de 55 anos, segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE. No ano passado, equipes do Paraná fizeram 87 visitas no campo, nas igrejas, ocupações, escolas, universidades e fábricas para debater a questão da mulher. Goretti Bussolo, assessora especial para políticas sobre mulheres da Casa Civil, que liderou a agenda, afirmou que foram discutidos o papel da mulher na sociedade, a prevenção da violência, formas de denúncia. De acordo com Goretti, a audiência pública vai abranger a violência no campo de maneira geral e a necessidade de policiamento constante nas áreas rurais, mas também a mulher idosa em ambientes que apontam mais vulnerabilidade. // SONORA GORETTI BUSSOLO //
Fernando Castellano, chefe do Departamento de Políticas para a Pessoa Idosa do Paraná, será um dos palestrantes da audiência. Em encontro com a ministra Damares Alves, em Brasília, a representante do Governo do Estado também discutiu apoio a mulheres atendidas na Casa da Mulher Brasileira e mulheres de comunidades quilombolas, além de iniciativas nos ambientes escolares para discutir bullying, assédio, gravidez precoce, exploração sexual e suicídio, e o atendimento ao público indígena. Elas também debateram mudanças na lei de alienação parental, dependência financeira da mulher em função do medo, tráfico de mulheres e drogadição. Outro ponto de atenção é a mulher que vive em município com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. Em relação às ações desenvolvidas, o Paraná também conta com dois ônibus lilás, que são unidades móveis que percorrem as cidades para realizar atendimentos e apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade psicossocial. (Repórter: Rodrigo Arend)