Paraná e União firmam acordos técnicos para promover avanços na malha ferroviária

29/05/2024
O Governo do Paraná assinou nesta quarta-feira, em Brasília, dois Acordos de Cooperação Técnica com o Ministério dos Transportes. A parceria engloba a Nova Ferroeste, proposta pelo Governo do Paraná para ligar o Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina por trilhos e um estudo sobre a atual malha ferroviária que corta os três estados do sul, a Malha Sul. Os dois acordos estabelecem uma parceria entre o Estado e a União para facilitar o intercâmbio de dados e informações para ajudar na tomada de decisões. O contrato de concessão pelo governo federal da Malha Sul, de 30 anos, termina em fevereiro de 2027. A sinergia entre essa atual malha e o projeto da Nova Ferroeste gerou a necessidade de cooperação entre as equipes do Ministério dos Transportes e do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário. A formalização dos acordos foi assinada pelo secretário nacional de Transporte Ferroviário, do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro; o secretário da Indústria e Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros, e o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. Para Ricardo Barros, os acordos assinados fortalecem o modal ferroviário e dão visibilidade ao Paraná. // SONORA RICARDO BARROS //

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Malha Sul tem 7.233 km, corta os três estados do sul e parte de São Paulo. Deste total, 2.280 km de linha estão com tráfego suspenso. É o caso do trecho entre Londrina e Ourinhos, no interior paulista, devolvido em janeiro deste ano. Em 2006, a Malha Sul movimentou em torno de 29 milhões de toneladas de produtos, já em 2023 o total não passou de 22 milhões. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Ferroeste, apontou para a redução do custo de transporte de 30% em relação ao modal rodoviário. A diferença no valor do frete em relação ao modal rodoviário pode ficar acima de mil reais por contêiner. Atualmente o projeto está em fase de licenciamento ambiental junto ao Ibama. Equipes contratadas pelo governo federal trabalham nos estudos indígenas adicionais realizados em 24 aldeias no Paraná e no Mato Grosso do Sul, localizadas próximas ao traçado proposto para o empreendimento. (Repórter: Gustavo Vaz)