Paraná confirma primeira morte por febre amarela, em Morretes

07/03/2019
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no boletim epidemiológico desta quinta-feira, a primeira morte por febre amarela no Paraná. Trata-se de um homem de 64 anos, trabalhador da zona rural de Morretes. Ele não era vacinado, procurou atendimento ainda no Litoral, mas foi transferido de helicóptero para Curitiba, onde morreu. O local de provável infecção ainda está sendo investigado. A única forma de prevenção contra a febre amarela é a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde de todos os municípios do Paraná. Desde janeiro já foram aplicadas mais de 216 mil doses em todo o Estado. O secretário da Saúde, Beto Preto, lembra que o mosquito transmissor do vírus da febre amarela entrou no Paraná pela mata atlântica do Vale do Ribeira, vindo do Estado de São Paulo, que registrou este ano 38 casos, com nove mortes; no ano passado, foram 503 casos da doença, com 176 mortes no Estado vizinho. Segundo ele, o Paraná está enfrentando a doença com muita determinação.//SONORA BETO PRETO.//

Até o momento, a partir de janeiro, foram confirmados oito casos da doença no Paraná, incluindo este mais recente. Ainda estão em investigação 62 notificações, e outras 129 já foram descartadas. Os confirmados residem em Curitiba, Antonina, Morretes, Campina Grande do Sul e Adrianópolis, sendo que a maior parte foi contraída em Guaraqueçaba. A imunização leva 10 dias para entrar em ação, portanto é recomendado o uso de repelente, mangas e calças compridas, especialmente para quem está perto de matas, já que a febre é silvestre. Esta vacina é recomendada a pessoas entre 9 meses e 59 anos. Fora dessa faixa, a imunização só deve ocorrer após orientação médica e com receita. O mesmo vale para gestantes, lactentes e pessoas com doenças crônicas. A morte de macacos, um importante sinal da circulação do vírus da febre amarela, está confirmada nos municípios de Morretes e Antonina, que registrou o primeiro alerta da presença do vírus ainda em meados de janeiro. Em doze municípios há mortes de macacos sob investigação, mas em outros 15 não foi possível coletar amostras para enviar ao laboratório, portanto não se pode descartar a presença do vírus. (Repórter: Wyllian Soppa)