Paraná apresenta sugestões para aprimorar Plano Safra 2021/22

05/03/2021
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, em conjunto com a Federação da Agricultura, Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores Familiares e Organização das Cooperativas, encaminhou nesta sexta-feira documento para o Ministério da Agricultura para contribuir na construção do Plano Safra 2021/22. A proposta é que sejam liberados recursos de 277 bilhões de reais para todo o país. No atual período, foram 236 bilhões e 300 milhões de reais. A contribuição paranaense, com propostas envolvendo investimentos, custeio e comercialização, ocorre todos os anos. O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, afirmou que a agropecuária paranaense é uma das mais representativas do Brasil e altamente respeitada também no exterior e que isso traz a responsabilidade de propor, com propriedade e conhecimento das coisas do campo, o que é mais adequado para o momento. Segundo ele, o setor agropecuário é o que tem se mostrado mais forte durante a pandemia e garantido que o Produto Interno Bruto brasileiro não tenha queda muito mais expressiva. Por isso, precisa de recursos suficientes para continuar ajudando na segurança alimentar e nutricional da população. Entre as propostas paranaenses está a de que 209 bilhões de reais sejam destinados a programas de custeio e comercialização. Dos recursos, o Pronaf, Programa Nacional de Agricultura Familiar teria 23 bilhões de reais, enquanto o Pronamp, Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural ficaria com 40 bilhões de reais. O documento solicita, ainda, aumento do teto de enquadramento do Pronaf, de 415 mil anuais para 500 mil reais, seguindo a tendência de elevação observada em preços e custos de produção. Com isso, haveria garantia de que os agricultores não extrapolem os critérios estabelecidos no programa. Além disso, também é sugerido reajuste no limite de contratação de custeio, de 250 mil para 300 mil reais para os agricultores familiares. As entidades públicas e privadas paranaenses também sugerem que os investimentos previstos no Plano Safra tenham aporte de 68 bilhões de reais. Dentro desse segmento, as prioridades apontadas são os programas de irrigação, produção em ambiente protegido, agricultura de baixa emissão de carbono e os que visam à construção e ampliação de armazéns. Com os riscos climáticos frequentes, as entidades pedem atenção especial ao Programa de Subvenção ao Seguro Rural, com destinação de 1 bilhão e quinhetos milhões de reais. As entidades paranaenses também reforçam a necessidade de redução de um ponto percentual na taxa de juros em todas as linhas de financiamento oferecidas pelo governo federal. Como possibilidade de ampliar os recursos de crédito rural destinados à agropecuária, o documento paranaense propõe, ainda, aumento no que é direcionado via Letras de Crédito Agropecuário. (Repórter Rudi Bagatini).