Para zerar desperdício, Banco de Alimentos doa 24 toneladas por mês a animais resgatados

05/03/2024
Com objetivo de chegar ao desperdício zero dos alimentos movimentados nas Centrais de Abastecimento do Paraná, Ceasa-PR, o programa Banco de Alimentos Comida Boa passou por uma expansão e passou a fazer doações de hortifrutigranjeiros para instituições criadoras de animais. Desde o início de 2024, foram distribuídas 24 toneladas por mês a entidades que recebem animais resgatados ou trabalham na preservação de espécies ameaçadas. O Banco de Alimentos Comida Boa identifica produtos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais na Ceasa-PR, mas que estão em condições de consumo. As hortaliças em bom estado são processadas e destinadas a entidades assistenciais como creches, hospitais, orfanatos e outras instituições. Com a expansão do programa, o excedente que está em boas condições, mas não se adequa às normas sanitárias para consumo humano, passou a ser destinado a instituições de cuidado animal. O diretor-presidente da Ceasa-PR, Éder Eduardo, afirma que o próximo passo é transformar o que não dá para os animais consumirem em composto orgânico. // SONORA ÉDER EDUARDO //

Por dia, oito mil toneladas de alimentos são comercializadas nas cinco unidades do Estado. Antes do programa Banco de Alimentos Comida Boa, 50 toneladas por dia eram desperdiçadas por não serem comercializadas. Com a destinação dos alimentos para as entidades de assistência social, quase metade deste volume passou a ser reaproveitado. Ao todo, mais de 440 toneladas por mês são doadas para entidades assistenciais, o que representa um volume anual de 5,3 mil toneladas de alimentos. Atualmente, duas instituições de cuidado animal recebem os alimentos do programa: +Mais Zoo Mantenedouro de Fauna Silvestre e o Criadouro Onça Pintada. Ambos são empreendimentos de fauna licenciados pelo Instituto Água e Terra e tratam animais silvestres e exóticos resgatados porque estavam em situação de abandono, maus-tratos ou que foram apreendidos. A distribuição em larga escalda das hortaliças para centenas de instituições por meio do Banco de Alimentos Comida Boa surgiu em abril de 2020, logo após a chegada da pandemia da Covid-19. (Repórter: Victor Luís)