Para prevenir gripe aviária, Adapar renova proibição de aves em eventos agropecuários

17/01/2024
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná publicou neste começo de ano uma portaria reafirmando a proibição da presença de quaisquer espécies de aves em eventos agropecuários, feiras, exposições, agremiações de criadores e atividades afins no Estado do Paraná, como medida preventiva à gripe aviária. A Portaria de 11 de janeiro de 2024, assinada pelo presidente em exercício da Adapar, Manoel Luiz de Azevedo, tem teor semelhante à Portaria de 27 de fevereiro de 2023. Àquela época a decisão valia por 90 dias, mas agora terá validade enquanto perdurar o estado de emergência zoossanitária no País. A emergência foi declarada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária por meio da Portaria MAPA 624, de 6 de novembro de 2023, com validade inicial para 180 dias. Apesar dessa emergência, em 21 de dezembro o Ministério editou a Portaria MAPA n.º 642, que flexibilizou a proibição nacional de presença de aves, deixando a decisão para cada uma das unidades federativas. O Conselho Nacional de Secretários de Estado da Agricultura solicitou ao ministro Carlos Fávaro a suspensão da portaria e a continuidade da proibição total em todo o País como medida preventiva contra eventual disseminação da doença. Sem resposta, alguns estados, entre eles o Paraná, estão reafirmando as proibições regionais por meio de portarias. O objetivo é manter a vigilância integral em todo o território nacional contra a influenza aviária de alta patogenicidade. Desde 15 de maio de 2023, quando foi detectado pela primeira vez no Brasil o vírus da gripe aviária, o Brasil fez 2 mil 593 investigações de suspeitas da doença, com 713 amostras. Foram detectados 151 focos com resultados laboratoriais positivos, nenhum em aviário comercial. Seis estão em investigação. (Repórter: Nathália Gonçalves)