Pandemia impõe novos desafios ao planejamento das cidades

13/06/2020
A pandemia do coronavírus reforçou a importância do planejamento das cidades. Entre as medidas, a necessidade do melhor aproveitamento dos espaços públicos, a mobilidade urbana, as condições sanitárias, a habitação, os cuidados com o meio ambiente e a implantação de soluções para estimular a geração de renda. De acordo com a arquiteta e urbanista, Maria Inês Terbeck, analista de Desenvolvimento Municipal Paranacidade, órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, o planejamento urbano terá de enfrentar os desafios impostos pela pandemia. As cidades deverão ser mais solidárias, mais humanizadas, mais resilientes e, ao mesmo tempo, valorizar e usar as tecnologias com mais amplitude.// SONORA MARIA INÊS TERBECK.// O Paranacidade utiliza esses conceitos na análise dos projetos encaminhados pelas prefeituras para a obtenção de recursos do Tesouro do Estado ou de empréstimos pelo Sistema de Financiamento aos Municípios do Estado do Paraná. Segundo Maria Inês, antes mesmo da pandemia, havia a preocupação de incorporar os cuidados com o uso e a ocupação do solo urbano, o meio ambiente, em melhorar os sistemas de mobilidade, com o saneamento básico e de promover o acesso ao lazer em ambientes seguros.// SONORA MARIA INÊS TERBECK.// Maria Inês ainda disse que o Paranacidade tem o conhecimento e a capacidade técnica para orientar as prefeituras nessa nova visão de cidade, seja por meio da revisão dos Planos Diretores Municipais, Planos de Mobilidade Urbana, análise de projetos ou para a redefinição de prioridades. A mobilidade urbana está entre os itens mais relevantes desde o início da pandemia. A analista cita exemplos já adotados em diversas cidades do mundo que passaram a valorizar o transporte individual, com a implantação de Ciclovias e Ciclorrotas, além de estudos para a avaliação do fluxo mais adequado de pedestres.// MARIA INÊS TERBECK.// A arquiteta também lembrou que algumas cidades do Paraná têm problemas com a largura das calçadas e que, em projetos de requalificação, deverão ser preparadas para atender aos novos conceitos de mobilidade, propiciando segurança, além de atender as normas de acessibilidade como rampas e pisos tácteis. (Repórter: Amanda Laynes)