PCPR deflagra operação contra grupo ligado a fraudes financeiras em 11 estados

07/03/2025
A Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta sexta-feira, em Maringá, uma operação contra um grupo criminoso investigado por fraudes financeiras milionárias contra 30 vítimas em 11 estados. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas investigadas por envolvimento no esquema criminoso que envolvia a captação de recursos financeiros. Catorze policiais civis deram cumprimento a mandados judiciais e apreenderam documentos e outros itens que são encaminhados à perícia para o levantamento de informações para a continuidade do trabalho investigativo. Com a operação, a Polícia espera identificar outros integrantes da organização, interromper a prática e localizar mais vítimas que ainda não formalizaram denúncias. As investigações tiveram início no último trimestre de 2024, depois que a Polícia Civil recebeu denúncias de empresários que alegavam terem sido lesados após firmarem contratos com uma instituição financeira sediada em Maringá. A empresa se apresentava como intermediadora na captação de recursos financeiros junto ao BNDES. Segundo as denúncias, para a prestação desse serviço, a instituição exigia um pagamento inicial de 5% do valor pretendido, sob a justificativa de garantia, além de outras quantias estipuladas em contrato, que deveriam ser pagas no momento da liberação do empréstimo. As investigações apontam que as falsas linhas de crédito oferecidas por esse grupo ultrapassam 300 milhões de reais, gerando um prejuízo superior a 10 milhões para as vítimas já identificadas. Também foi verificado que nenhuma das empresas envolvidas no esquema possui qualquer vínculo com o BNDES e que não há registros de processos para obtenção dos créditos fraudulentamente oferecidos. Segundo o delegado Mateus de Bona Ganzer, o grupo criminoso direcionava suas fraudes especialmente a empresários que buscavam financiamentos a juros mais baixos, principalmente por meio de bancos públicos. // SONORA MATEUS DE BONA GANZER //

Após a assinatura do contrato e o pagamento da quantia exigida, as vítimas eram informadas de que a liberação do crédito ocorreria após um prazo de 120 dias. No entanto, os recursos nunca eram disponibilizados. Quando os empresários tentavam reaver os valores pagos, enfrentavam longos períodos de negociações e obstáculos contratuais. (Repórter: Gustavo Vaz)