Novos métodos elaborados pelo IDR-Paraná podem aumentar a produção e qualidade de maçãs

30/10/2021
Pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná avaliam há mais de dois anos técnicas alternativas de condução de macieiras. A meta é aumentar a produção e a qualidade da fruta. O estudo é conduzido na unidade de pesquisa de Palmas, no Sudoeste do Estado. O Paraná é o terceiro produtor nacional de maçã, atrás de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a fruta é explorada em 37 municípios, sendo que Palmas e Lapa, na região Sul, são os maiores produtores. Há mil hectares de macieiras, com uma produção de 30 mil e 400 toneladas. O estudo do IDR-Paraná tem como objetivo aumentar a produção por área, facilitar a mecanização dos tratos culturais e da colheita, acrescentar qualidade aos frutos e reduzir custos de implantação e condução de pomares, conforme explicou o pesquisador Clandio Medeiros da Silva.
Ele afirmou que estão sendo avaliados métodos de condução em sistema plano, em que as plantas são distribuídas no terreno com apoios e conduzidas de forma bidimensional, e, em outra frente, com podas que dão às árvores o formato da letra V. A principal vantagem dessas duas abordagens é o aumento de plantas por área e a boa distribuição de luz em todas as partes, o que, segundo o pesquisador, é fundamental para a qualidade final dos frutos. A produtividade dos pomares paranaenses, que gira em torno de 36 toneladas de maçãs por hectare, pode ser aumentada em pelo menos 20% com novas práticas de condução. O pesquisador ainda disse que o método chamado “muro frontal”, onde as plantas são dispostas em fila, com espaçamento reduzido, como se fossem formar uma cerca-viva, tem se destacado por facilitar a mecanização do trabalho. Porém, ainda é necessário realizar mais observações para uma avaliação conclusiva. O projeto é conduzido em parceria com os pesquisadores Paulo Mauricio Centenaro Bueno, vinculado ao Instituto Federal do Paraná, campus de Palmas, e Idemir Citadin, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná de Pato Branco. (Repórter: Wyllian Soppa)