No Paraná, vestibular dos Povos Indígenas será disputado por 750 candidatos

16/09/2019
O Vestibular dos Povos Indígenas será disputado neste ano por 750 candidatos de diferentes etnias, entre elas Kaingang, Guarani, Xetá, Fulni-ô e Terena. Eles vão concorrer a 52 vagas, sendo seis em cada uma das sete universidades estaduais e dez na Universidade Federal do Paraná. O número representa um aumento de mais de 1000% na procura por cursos de graduação desde que foi criado, há 17 anos. A homologação do vestibular foi realizada na semana passada, no Núcleo de Concursos da UFPR. As provas acontecem nos dias 17 de 18 de novembro e, após a aprovação, os alunos escolhem os cursos de interesse. A política de inclusão indígena no ensino superior do Paraná, por meio do Vestibular dos Povos Indígenas, é pioneira no Brasil e contribui para melhorar a vida das comunidades. O Vestibular Indígena foi aprovado como Lei no ano de 2001 e o primeiro processo seletivo ocorreu em 2002. De acordo com o superintendente estadual de Ciência e Tecnologia, Aldo Bona, o vestibular indígena é uma política de transformação social e econômica na vida do estudante.// SONORA ALDO BONA.//
O Governo do Estado financia a realização do vestibular e investe na permanência dos estudantes por meio de um auxílio mensal. O Paraná é o único estado brasileiro que tem o vestibular indígena como política estadual. As universidades estaduais possuem 215 estudantes indígenas matriculados em cursos de graduação e pós-graduação. A novidade desta edição do Vestibular dos Povos Indígenas é a aplicação das provas realizada de maneira regionalizada nas cidades de Manoel Ribas, Nova Laranjeiras, Mangueirinha, Londrina e Curitiba. A Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai oferecer transporte para que os candidatos se desloquem das terras indígenas para os locais de aplicação de provas, além de refeições e alojamento. (Repórter: Amanda Laynes)