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Após três meses em vigor, o período do Vazio Sanitário da soja no Paraná acaba na próxima quinta-feira, dia 10, quando o plantio do grão estará liberado em todo o Estado. O Vazio Sanitário é uma medida de manejo agrícola que tem o objetivo de conter o avanço da ferrugem da soja, doença que se não for controlada de forma adequada pode causar prejuízos econômicos de até 90% à cultura da soja no Estado. Com o vazio sanitário, é suspenso o plantio da soja no período de entressafra da cultura, o que ajuda a impedir o avanço da doença. Nos demais estados, esse período de vazio sanitário segue até o próximo dia 15. Iniciando o plantio mais cedo, o produtor pode plantar cultivares precoces em determinadas regiões, dependendo das condições climáticas. Com a doença aparecendo mais tarde, ou talvez nem aparecendo, ganha o produtor rural porque reduz a aplicação de fungicidas, diminuindo também os custos de produção. O Vazio Sanitário foi adotado no Paraná em 2007 e a Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Estado, promove fiscalizações nas propriedades agrícolas para garantir o cumprimento da Portaria do decreto emitido pela instituição. Neste ano a fiscalização notificou e autuou produtores que não tomaram os cuidados necessários para garantir o plantio ou a ausência de plantas e a germinação de plantas voluntárias de soja. Foram emitidas 206 notificações e 204 atuações aos produtores inadimplentes. A ferrugem asiática atinge todos os estados produtores da soja, e no Paraná a doença vem sendo manejada e controlada com medidas de prevenção, como o Vazio Sanitário aliado à aplicação de fungicidas, quando necessário. A proposta do manejo agrícola é reduzir ao máximo a aplicação desses produtos, segundo o coordenador do programa de Prevenção e Controle de Pragas de Cultivos Agrícolas e Florestais na gerência de Sanidade Vegetal da Adapar, engenheiro agrônomo Marcílio Martins Araújo. // SONORA MARCÍLIO ARAÚJO //
De acordo ele, o Paraná vem alcançando seguidos recordes de produtividade no plantio de soja também graças a essas medidas de manejo. Na avaliação do engenheiro agrônomo, o alto potencial de produção somente pode ser alcançado quando as condições climáticas são adequadas, o potencial produtivo das cultivares implementadas pelo produtor são grandes e as ferramentas de manejo da cultura são feitas nos momentos corretos. O manejo da doença é feito através da adoção de diversas ações a serem implementadas pelos produtores e responsáveis técnicos, passando pela escolha das cultivares mais adaptadas para a região, de ciclo precoce com genes de resistência. Deve ser feito o monitoramento constante das lavouras, para verificar os focos iniciais de ocorrência da doença. E também, a utilização de tratamentos químicos preventivos ou protetores, no aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Mais informações estão na página agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Rodrigo Arend)