No Paraná, 89% das empresas estão em operação, mas arrecadação de ICMS cai quase 4%

14/05/2020
Cerca de 89% das empresas que emitem documentos fiscais estavam com operação no Paraná na semana passada, de acordo com o boletim divulgado nesta quinta-feira pelas secretarias de Planejamento e Projetos Estruturantes e da Fazenda. O comparativo é feito o índice da segunda semana do mês de março, antes da chegada da pandemia. Nos municípios de Toledo, Pato Branco, Araucária e Umuarama, o índice de empresas em operação chega a 95%. O período que registrou maior queda no número de empresas em atividade foi entre 23 e 27 de março, logo após o Governo do Estado listar os setores essenciais e recomendar o fechamento dos não-essenciais. Cerca de 54% estavam abertas, e algumas cidades atingiram níveis inferiores a 50%. Essa análise leva em consideração apenas empresas formais que emitiram ao menos uma nota fiscal nesses dois meses. Segundo a Receita Estadual, com base nesse indicador, ainda estão fechadas aproximadamente 8.400 estabelecimentos do Simples Nacional e 2.300 do Regime Normal. Essa variação demonstra a queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, ICMS, no Paraná. No primeiro quadrimestre deste ano a perda foi de 3,8%. O índice é uma comparação com o mesmo período do ano passado, reajustado pela inflação. Segundo as projeções, a tendência de queda de arrecadação é maior que a reposição prevista no auxílio federal aprovado pelo Congresso, de 1 bilhão e 900 milhões de reais. O boletim ainda traz informações detalhadas sobre diversos setores, como por exemplo, sobre o volume de vendas, que voltou a crescer na comparação com o início da pandemia; análise regional; projeções e dados internacionais. O link para o boletim pode ser encontrado na página xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. E segundo dados da Secretaria de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, vinculada ao Ministério da Economia, as exportações paranaenses totalizaram 1 bilhão e 460 milhões de dólares no mês passado, um acréscimo de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro quadrimestre, as vendas para o exterior aumentaram 2,6%, motivadas pela safra de verão da soja. Já as importações recuaram 16,4% em abril e 9,3% no acumulado dos primeiros quatro meses deste ano. (Repórter: Rodrigo Arend)