Museu Paranaense se transforma em museu-ateliê para indígenas contemporâneos
15/11/2021
No ensaio de abertura do livro “Sobre a Fotografia”, a ensaísta e crítica de arte norte-americana Susan Sontag levanta a hipótese de que as fotografias ampliam as ideias sobre o que vale a pena olhar e sobre o que existe, ou não, no direito de observar. Segundo ela, constituem uma ética do ver. Para Sontag, o que está escrito sobre uma pessoa ou um fato é, declaradamente, uma interpretação.
Questões de revisão historiográfica e ética sobre as imagens têm sido levantadas pela atual gestão do Mupa, o Museu Paranaense, com a intenção de promover uma reflexão decolonial sobre o próprio acervo. Essas ações devem definir os caminhos que o museu deseja trilhar nos próximos anos.
O pensamento decolonial é um movimento crítico que busca reverter as lógicas de dominação intelectual ou cultural de países do hemisfério norte, especialmente europeus, sobre países colonizados, como os latinoamericanos.
Como um dos passos iniciais dessa tarefa, o museu convidou os artistas indígenas contemporâneos Denilson Baniwa e Gustavo Caboco para encabeçar o projeto chamado Retomada da Imagem.
Gustavo Caboco, artista indígena da etnia Wapichana nascido em Curitiba, acredita que a arte é uma ferramenta que possibilita recriar narrativas. //SONORA GUSTAVO CABOCO//
O projeto de longa duração se divide em três etapas. A etapa I, chamada Primeiros Encontros, aconteceu entre agosto e outubro de 2021 e foi o momento de imersão dos artistas no conjunto de imagens e vídeos do acervo do museu.
Na segunda etapa, que começou dia 11 de novembro e vai até esta terça-feira, o Mupa se transforma em museu-ateliê, no qual Baniwa e Caboco fazem uma pequena residência artística e contam com a presença de cinco outros indígenas convidados como interlocutores.
Nascido em Mariuá, Amazonas, Denilson Baniwa conta que vem de uma região que foi bastante fotografada por diversas pessoas: antropólogos, historiadores e até fotógrafos comerciais. //SONORA DENILSON BANIWA//
O público pode acompanhar a etapa II do projeto até o dia 16. A entrada é gratuita. (Repórter: Flávio Rehme)
Questões de revisão historiográfica e ética sobre as imagens têm sido levantadas pela atual gestão do Mupa, o Museu Paranaense, com a intenção de promover uma reflexão decolonial sobre o próprio acervo. Essas ações devem definir os caminhos que o museu deseja trilhar nos próximos anos.
O pensamento decolonial é um movimento crítico que busca reverter as lógicas de dominação intelectual ou cultural de países do hemisfério norte, especialmente europeus, sobre países colonizados, como os latinoamericanos.
Como um dos passos iniciais dessa tarefa, o museu convidou os artistas indígenas contemporâneos Denilson Baniwa e Gustavo Caboco para encabeçar o projeto chamado Retomada da Imagem.
Gustavo Caboco, artista indígena da etnia Wapichana nascido em Curitiba, acredita que a arte é uma ferramenta que possibilita recriar narrativas. //SONORA GUSTAVO CABOCO//
O projeto de longa duração se divide em três etapas. A etapa I, chamada Primeiros Encontros, aconteceu entre agosto e outubro de 2021 e foi o momento de imersão dos artistas no conjunto de imagens e vídeos do acervo do museu.
Na segunda etapa, que começou dia 11 de novembro e vai até esta terça-feira, o Mupa se transforma em museu-ateliê, no qual Baniwa e Caboco fazem uma pequena residência artística e contam com a presença de cinco outros indígenas convidados como interlocutores.
Nascido em Mariuá, Amazonas, Denilson Baniwa conta que vem de uma região que foi bastante fotografada por diversas pessoas: antropólogos, historiadores e até fotógrafos comerciais. //SONORA DENILSON BANIWA//
O público pode acompanhar a etapa II do projeto até o dia 16. A entrada é gratuita. (Repórter: Flávio Rehme)