Movimentação de cargas vai ter ritmo mais intenso nesta safra, nos Portos do Paraná

27/02/2019
Os Portos do Paraná se preparam para um ritmo mais intenso no escoamento dos grãos destinados para exportação, com a chegada da safra 2018/ 2019, que vem do interior do Estado e do Sudeste e Centro-Oeste do país. A expectativa é de um amento tanto no fluxo de caminhões para a descarga do produto quanto no número de navios para carregar as commodities com destino a outros países. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina trabalha junto com a comunidade portuária para evitar filas nas estradas e vias de acesso, além de manter a eficiência no embarque dos navios, reduzindo o tempo de permanência das embarcações.
Segundo o diretor operacional da Appa, Luiz Teixeira, o Porto está preparado para receber uma quantidade de carga e a maior preocupação é finalizar a construção do viaduto na BR-277.// SONORA LUIZ TEIXEIRA//A equipe operacional do Porto de Paranaguá prevê um aumento gradativo na quantidade de caminhões com destino aos terminais paranaenses. O fluxo no Pátio de Triagem, que normalmente é de mil veículos por dia, subiu para 1.700 caminhões e pode alcançar até dois mil veículos já no início de março. Neste ano, 47 navios saíram do Paraná carregados com a produção agrícola brasileira, 27 deles só com soja. No total, foram carregadas mais de 2 milhões e 700 mil toneladas de soja, milho e farelo de soja, nos três berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá e outros dois que também carregam granéis sólidos para exportação. O maior diferencial paranaense é o sistema de embarque de grãos no Corredor de Exportação, formado por um conjunto de terminais que trabalham em massa.
O diretor Luiz Teixeira, afirmou que Paranaguá não tem filas de espera de navios e os que chegam são liberados para atracar.// SONORA LUIZ TEIXEIRA//O modelo é único no Brasil e a carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para granéis, além de ser possível que um mesmo navio receba mercadoria de diferentes produtores. O sistema adotado pelos Portos do Paraná para receber os caminhões também garante organização, agilidade e produtividade. O Pátio de Triagem é onde eles chegam e aguardam para descarregar e os veículos são todos cadastrados na origem da carga, pelos operadores portuários. Cada operador tem uma cota de cadastro que é liberada de acordo com a capacidade que o terminal tem para descarregar os caminhões que chegam. Caminhões que chegam sem cadastro, são multados pela Antaq. A multa, que chega a 2 mil reais, vai para o operador responsável. Considerando os operadores do Corredor de Exportação e os que usam outros berços do cais comercial, atualmente são 21 empresas que movimentam grãos pelo porto paranaense, sendo 10 terminais privados e 11 que operam pela estrutura pública. Juntos, para os próximos três meses, esses terminais esperam receber um volume de mais de 7 milhões e 500 mil toneladas de grãos, para descarga, principalmente soja. (Repórter: Priscila Paganotto)