Mel do Paraná se destaca pela qualidade na produção

12/12/2019

O Paraná é o segundo maior produtor de mel do Brasil, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. Foram 7 mil e 400 toneladas produzidas em todo o Estado no ano passado, de acordo com o Deral, Departamento de Economia Rural. Além da forte produção, o mel paranaense também é reconhecido pela qualidade, atestada com o registro de Indicação Geográfica concedido à produção de Ortigueira, nos Campos Gerais, e à produção da região Oeste do Estado, o que garante o diferencial do produto. Ortigueira foi a primeira localidade a receber o registro por Dominação de Origem, em setembro de 2015. A região Oeste recebeu o registro de Indicação de Procedência em julho de 2017. O registro é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial a determinadas regiões geográficas, conhecidas pelas características de qualidade do produto. O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater, presta assistência técnica, apoia as organizações de apicultores e orienta o processo de registro. O objetivo é apoiar o acesso ao mercado com agregação de valor ao produto, gerando renda às famílias rurais e abrindo oportunidade para os jovens permanecerem nas propriedades. Segundo o diretor-técnico do Emater, Nelson Hanger, com a implantação da Identificação Geográfica, é possível ampliar os canais de comercialização, inclusive para o mercado externo, melhorando as economias locais. // SONORA NELSON HANGER //

No caso da apicultura, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial exige alguns pré-requisitos para obtenção da Indicação Geográfica. Entre eles, o manejo correto das colmeias, não utilização de agrotóxicos, limpeza do ninho, cuidado com as traças e coleta para não contaminar as abelhas. Além disso, a associação também precisa demonstrar que o mel tem característica única no processo de produção, relacionada às condições do ambiente. O diretor-técnico do Emater ressalta que este é um segmento que permite grande evolução no Paraná. // SONORA NELSON HANGER //

No Paraná, a proposta de buscar registros de Indicação Geográfica a produtos regionais começou a ser desenvolvida em 2013, por meio de um projeto do Sebrae que conta com apoio de órgãos estaduais e municipais e cooperativas de produtores. Com esse trabalho, o Estado se consolidou como o terceiro do País com o maior número de produtos reconhecidos ou em processo final de Indicação Geográfica. Além do mel, a goiaba de Carlópolis, o café do Norte Pioneiro, a erva-mate de São Mateus do Sul, a uva fina de mesa de Marialva e os queijos da Colônia Witmarsum, em Palmeira, já receberam registro de Indicação Geográfica. A bala de banana de Antonina, a cachaça, farinha de mandioca e o barreado do Litoral do Paraná e o melado de Capanema estão em fase de registro pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial. (Repórter: Rodrigo Arend)