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A redução no volume de chuvas na região Sudoeste do Paraná já mostra os impactos no setor agrícola e também nos rios e poços que abastecem as cidades da região. Segundo o Simepar, o déficit maior da precipitação pluviométrica no Paraná é no Sudoeste, onde em alguns municípios choveu 100 milímetros a menos que a média para o mês de março. Em algumas cidades, rios e poços apresentam redução de 25% a 60% na quantidade de água disponível para o abastecimento. Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita, abastecidas por quatro poços, são as cidades em maior risco de rodízio no abastecimento no momento. Mesmo após o novo poço de Pranchita, perfurado no ano passado, o sistema integrado está operando no limite. A diminuição da quantidade de água disponível chega a 40%. Outro poço foi perfurado em Santo Antônio do Sudoeste. Está em andamento o processo para interligação dele ao sistema. O Rio Siemens, que abastece os moradores de Capanema, também teve redução de 40% no nível da água. Nesse sistema, a Sanepar ampliou a barragem de captação e colocou um novo poço em operação que contribui com 40 mil litros de água por hora. A previsão é a de que, se não chover, o sistema suporte apenas aproximadamente 20 dias sem rodízio. Em Nova Prata do Iguaçu a Sanepar está utilizando o sistema de transbordo de água do Rio Cotegipe, implantado para auxiliar na captação do Rio Santa Cruz, que é o principal manancial e apresenta 60% de redução na vazão. Também caiu 60% a vazão dos rios Lontra e Tamanduá, que abastecem Salto do Lontra e Salgado Filho, respectivamente. Nos dois sistemas, foram feitas melhorias operacionais para manter o abastecimento. No Rio Anta Gorda, em Santa Izabel do Oeste, houve redução de 35% no volume de água e, até o momento, o sistema de abastecimento mantém-se estável. O Rio Girau Alto, que contribui com o abastecimento de Dois Vizinhos, apresenta queda de vazão de 25%. Neste sistema, a Sanepar colocou em operação um novo poço que deve manter o abastecimento regular. Mesmo sem riscos para o abastecimento, o rio Marrecas, que abastece Francisco Beltrão, e o rio Sarandi, em Realeza, já mostram 15% de queda na vazão. O alerta da Sanepar é para que a população volte a fazer o uso racional da água, priorizando alimentação e higiene pessoal até que a situação volte à normalidade. (Repórter: Wyllian Soppa)