Maioria dos infectados por Covid-19 apresenta sintomas após seis meses, diz estudo da UEL

24/11/2021
Dos 259 pacientes acompanhados pelo estudo “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após um, dois, seis e 12 meses do diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 no município de Londrina”, mais da metade, 53,3%, apresentam pelo menos um sintoma persistente da infecção de Covid-19 após seis meses. Esse é um dos resultados preliminares do projeto, em execução desde outubro do ano passado e que passa pela fase de coleta de dados, por meio de um formulário do Google  enviado via WhatsApp.
Segundo a coordenadora do projeto e professora do Departamento de Fisioterapia da UEL, Universidade Estadual de Londrina, do Centro de Ciências da Saúde, Celita Salmaso Trelha, os resultados indicam como sintomas mais frequentes a fadiga, dores e mal estar, dor de cabeça, desânimo e perda de olfato.
Outro ponto evidenciado pela pesquisa é a persistência de “incômodos leves e muito leves” em pacientes. Cerca de 30% do total de ouvidos relata ter, mesmo meses após a infecção, incômodos leves ou muito leves que comprometem, de algum modo, as atividades diárias, seja no lazer ou no trabalho. 
Essas limitações podem ser observadas em atividades cotidianas, como se levantar, subir escadas ou correr, além da intensificação de quadros de ansiedade ou depressão, que afetam o cotidiano.
Ainda não está totalmente claro para os participantes do projeto quais são os fatores que explicam a persistência de sintomas em alguns pacientes. No entanto, há uma soma de fatores, entre eles a resistência imunológica, genética e hormonal.
O estudo sobre os sintomas persistentes da Covid-19 já rendeu alguns trabalhos científicos, publicados em congressos pelo Brasil. (Repórter: Wyllian Soppa)