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Líder na produção nacional de pescados, o Paraná projeta um crescimento de cerca de 20% na atividade neste ano. Segundo o Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, a expectativa é atingir a marca de 170 mil toneladas de carne de peixe. O incremento vem sendo alavancado pela tilápia, que representa 80% do volume total do Estado. O analista de piscicultura do Deral, Edmar Gervásio, explica que essa previsão otimista se baseia principalmente no incentivo ao consumo de peixe e também na entrada de novas indústrias no segmento, aumentando a oferta e a visibilidade do produto para o consumidor.// SONORA EDMAR GERVÁSIO//O consumo de peixe no Brasil gira em torno de 10 quilos per capita ao ano, valor abaixo do que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura preconiza como ideal, de 12 quilos ao ano. No ano passado, a estimativa do Deral é de que o Paraná tenha alcançado 140 mil toneladas de pescados produzidas. O levantamento consolidado das informações deve ser divulgado em junho deste ano. Se confirmada a expectativa, será um crescimento de aproximadamente 15% em relação a 2017, quando foram contabilizadas 122 mil toneladas. Morador de Maripá, no Oeste do Estado, Claudio Schulz apostou na atividade e vivenciou esse salto na produção de pescados. Ele conta que começou a produzir tilápia orgânica em 2002 e atraído pela perspectiva de retorno financeiro, em 2006 ele migrou para a tilápia convencional.// SONORA CLAUDIO SCHULZ//Na propriedade de três alqueires de terra, ele tem 16 mil metros quadrados de lâmina de água, com capacidade para produzir 90 toneladas. A tilápia é vendida para a cooperativa Copisces, de Toledo. O produtor afirma, ainda, que a Emater é um dos grandes aliados na ampliação e modernização da criação de tilápia na região, junto com as universidades, como a Unioeste, que têm cursos de Engenharia de Pesca.// SONORA CLAUDIO SCHULZ//O Governo do Paraná oferece apoio técnico para o desenvolvimento da piscicultura, principalmente aos agricultores familiares. O Instituto Emater atua desde o fomento até a consolidação da atividade na propriedade, com o apoio também na comercialização em feiras e pesque-pagues até na instalação de frigoríficos e abatedouros. A Emater oferece, ainda, aos produtores, o licenciamento ambiental junto ao órgão competente, o que viabiliza o acesso a planos de crédito. As atividades de pesca de captura e de criação em cativeiro ainda não representam 1% do Valor Bruto da Produção paranaense, mas têm importância regional para vários municípios no Estado. No Oeste do Estado, o crescimento dos últimos anos se deve ao aumento da produtividade, fruto dos investimentos em tecnologia, e também à entrada das cooperativas Copacol e C. Vale, que respondem por dois terços do volume produzido na região e continuam em expansão. (Repórter: Priscila Paganotto)